A situação do Banco de Leite Materno do Hospital Dom Malan (Biama/HDM), em Petrolina, está crítica. A unidade, que é referência para quase 60 cidades e é a única pública do Sertão pernambucano, contava, na terça (08), com apenas dois litros de leite materno para ajudar na alimentação dos bebês prematuros. O volume pode não durar até esta sexta 11.
A direção do hospital faz um apelo para que as mães que estejam em boas condições de saúde e com excedente de leite busquem a unidade presencialmente ou liguem para o banco no telefone (87) 3202.7002 para que seja viabilizada a doação. Preferencialmente mulheres de Petrolina e Juazeiro, na Bahia, devem ter mais condições de ajudar.
“Temos sempre uma demanda grande de pacientes, mas o de doadoras de leite não é tão grande para suprir o que é necessário. Na maioria dos meses estamos com estoque baixo. Se a gente for analisar durante 2018 passamos somente quatro meses com estoque bom, que dava para suprir a demanda toda. Mas no restante dos meses sempre ficou abaixo do que precisaríamos atender”, comentou a enfermeira gerente do banco, Kaliane Gomes.
A escassez fez se redefinir quem eram os bebês prioritários para o leite materno: somente prematuros nascidos abaixo de 2,5 quilos e aqueles com alguma doença metabólica que inviabilizam a administração do leite artificial.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) comunicou que além do Dom Malan, outros bancos de leite também estão com dificuldade de estoque neste período pós Natal e Réveillon. No Hospital Jesus Nazareno (HJN), em Caruaru, há 16 litros e o consumo diário é de um litro. No Recife, os hospitais Agamenon Magalhães (HAM) e Barão de Lucena (HBL) também necessitam de doações. O HBL está, atualmente, com 16 litros e o HAM com 25. Ambos têm um consumo diário de 1,2 litro.
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