Às vésperas da posse, a equipe montada pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) sofreu a primeira baixa. Antônio Flávio Testa, cientista político da UNB que atuava no grupo de transição como o nome para a secretaria-executiva do Ministério da Educação, discutiu com Ricardo Veléz Rodrígues, que vai assumir a pasta, e não vai mais atuar no órgão.
O desentendimento entre Vélez e Testa teria ocorrido na manhã desta sexta (28), com forte repercussão dentro da pasta, informam Daniela Lima e Julia Chaib. Testa já capitaneava reuniões da transição no órgão e havia indicado nomes para o futuro ministro. Procurado pelo Painel para falar sobre o assunto, o cientista político se limitou a dizer que não vai ocupar nenhum cargo no MEC.
Segundo pessoas familiarizadas com os trabalhos da equipe de transição na Educação, Vélez descumpriu acordos que havia firmado com sua equipe, inclusive recuando da nomeação de quadros que já havia convidado. O próprio Testa, que auxilia Bolsonaro desde a campanha e era nome certo para a secretaria-executiva do órgão, teria sido rifado pelo futuro ministro. Pela proximidade que Testa desenvolveu com o presidente eleito, integrantes do grupo de transição não descartam a possibilidade de Bolsonaro indicar o aliado para um cargo em outra pasta.
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