Caso Beatriz: Suspeito de apagar imagens de câmera da escola é considerado foragido há uma semana

20 de Dec / 2018 às 07h15 | Variadas

Na última semana, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) determinou a prisão preventiva de um funcionário terceirizado da escola onde ocorreu o assassinato de Beatriz Mota, em dezembro de 2015. Ele é suspeito de apagar as imagens de segurança do dia do crime e atrapalhar as investigações da polícia. Faz uma semana que Alisson Henrique Carvalho é considerado foragido.

De acordo com as imagens divulgadas pela polícia, no dia 4 de janeiro de 2016, Alisson entrou em uma sala da escola onde ficava o aparelho que gerenciava quatro câmeras de segurança da escola. Sete minutos depois, a gravação é interrompida. O equipamento só voltou a funcionar no dia 22 de fevereiro. No dia em que as imagens foram apagadas, o colégio Nossa Senhora Auxiliadora recebeu um ofício da Polícia Civil pela manhã solicitando o equipamento.

"Ele foi o último a entrar na sala e após isso temos algumas coisas, mas está tudo em segredo de justiça. Houve uma solicitação no dia em que as imagens foram apagadas. Chegou esse ofício no colégio, no dia 4 de janeiro, no período da manhã e as imagens foram apagadas no período da tarde. Ele é considerado foragido. Não tem na decisão, concedida pelo Tribunal de Justiça nenhuma data para apresentação. Ou seja, ele a partir do dia 12 de dezembro ele já era considerado foragido", declarou a delegada responsável pelas investigações do caso, Poliana Nery

Para a polícia, Alisson dificultou as investigações, já que as imagens do suposto assassino chegaram até a polícia com quase um ano de atraso. As imagens que Alisson teria apagado foram recuperadas meses depois por uma empresa especializada em Minas Gerais. Elas mostram o suspeito de ter matado Beatriz andando ao redor do colégio, com uma faca na mão e em seguida entrando na quadra onde acontecia a festa de formatura.

Alisson prestava serviço na área de informática. Ele pode responder pelo crime de fraude processual. Segundo os pais de Beatriz, o colégio nunca cedeu espontaneamente as imagens desse aparelho à polícia. A escola enviava outras gravações, menos as que mostram o suspeito de matar Beatriz. 

"Passaram-se mais de um ano para a polícia de fato, através de ofícios, acredito que de muita pressão também, foi que eles resolveram entregar um HD, mas HDs que não tinham imagem alguma. Foi através de uma investigação dentro da escola que eles conseguiram recuperar o HD que realmente fazia parte desse DVR [aparelho que gerenciava câmeras]. Eles enviaram para uma empresa em Minas Gerais e fizeram a recuperação dessas imagens", explicou a mãe de Beatriz, Lúcia Mota.

Desde que a prisão preventiva de Alisson foi descretada, a família e os amigos dos pais da menina estão colando cartazes com a foto do foragido pra que a população denuncie. O inquérito está no Ministério Público e o caso segue em segredo de justiça.

O colégio Nossa Senhora Auxiliadora informou que o representante jurídico da instituição prestará esclarecimentos sobre o caso quando retornar de uma viagem. O advogado de Alisson não quis se pronunciar sobre o assunto.

Quem tiver alguma informação sobre Alisson Henrique pode entrar em contato com a polícia anonimamente pelos telefones (81)9 8650-1229, (81)9 8256-4545, (81)9 8170-2525 e (81) 3719-4545.

G1 Petrolina

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