A um dia do fatídico 10 de dezembro, data em que marca o terceiro ano da morte da garota Beatriz Angélica, assassinada nas dependências de uma escola em Petrolina – PE, a mãe da garota, Lucinha Mota, publicou uma nota pública contestando versões espalhadas num veículo digital, sem citar nome, que na sua opinião, dissimulou e multiplicou as “conhecidas fake News”, após do anúncio da transferência do corpo da menina para um memorial, em Petrolina.
De acordo com Lucinha, “A imprensa tem sido uma grande aliada na nossa busca por justiça no caso de BEATRIZ. Mas, nós sabemos que existem dois tipos de pessoas nessa área. Os primeiros, profissionais que merecem o nosso respeito, admiração e gratidão eterna, são aqueles que estão próximos e mesmo imparciais participam irrestritamente de todos os atos promovidos pelas pessoas de bem da nossa região. Os segundos, indivíduos que não medem esforços para obter aquela informação privilegiada ou tentar dar furo numa notícia seja ela qual for e depois talvez apurar quais são as verdades naquele episódio já divulgado, são um câncer na sociedade. A maioria deles dissimula e multiplicam as, hoje conhecidas, fake News”.
No próximo dia 12 de dezembro, os familiares de Beatriz vão realizar um protesto em Recife para relembrar os três anos do crime e pedir providencias contra o que consideram “descaso dos organismos de Segurança Pública em Pernambuco".
Confira na íntegra a nota divulgada por Lucinha Mota:
"A imprensa tem sido uma grande aliada na nossa busca por justiça no caso de BEATRIZ. Mas, nós sabemos que existem dois tipos de pessoas nessa área. Os primeiros, profissionais que merecem o nosso respeito, admiração e gratidão eterna, são aqueles que estão próximos e mesmo imparciais participam irrestritamente de todos os atos promovidos pelas pessoas de bem da nossa região. Os segundos, indivíduos que não medem esforços para obter aquela informação privilegiada ou tentar dar furo numa notícia seja ela qual for e depois talvez apurar quais são as verdades naquele episódio já divulgado, são um câncer na sociedade. A maioria deles dissimula e multiplicam as, hoje conhecidas, fake news.
Hoje, li uma reportagem num blog, que não conhecia por sinal, mas me foi enviada por uma pessoa de minha admiração e que trazia questionamentos sobre os motivos que nos levaram a transferir BEATRIZ para Petrolina.
Nunca li um artigo tão pobre e que lança perguntas sem qualquer sentido.
Pois bem, a legislação permite a transferência de restos mortais. Não existe base legal que a proíba.
BEATRIZ pertence a mim e a Sandro.
A transferência é um direito da família e não tem os propósitos apresentados naquele “texto”. Não se trata de abalar qualquer cidade, ou provocar alvoroço de nenhuma forma na sociedade, mas simplesmente a aceitação de um gentil convite feito pelo SAF para seu Cemitério Memorial. Os memoriais cumprem a função de eternizar as pessoas e as suas memórias, suas conquistas e fatos. Esse fato é sim para jamais ser esquecido.
A pessoa que produziu aquele texto ainda faz um seguinte questionamento: “Por que sempre trazer à lume um caso tão doloroso?”
O que está abalando as nossas famílias e trazendo pânico e insegurança para nossas cidades é o fato de ainda não sabermos as motivações daquele crime e nem quem são os monstros que facilitaram ou executaram tamanha crueldade.
BEATRIZ precisa de paz sim. Nós precisamos de paz também. Eu e Sandro dedicamos as nossas vidas para buscar justiça. Aproveitamos todas as oportunidades, até mesmo a política. Não nos escondemos. Não temos medos. Nada nos intimida. Não existem barreiras intransponíveis para nós. Doa em quem doer, seja o que for, iremos até as últimas consequências. Nada nos impedirá de lutar para termos a solução do caso de nossa filha solucionado a contento.
Há uma passagem na Bíblia que diz: “Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.” (Mateus 6:6)
Dou graças a Deus porque ele ouviu as nossas orações. Pois como disse anteriormente, desde o ocorrido nunca fomos até o cemitério da Lagoa da Pedra em Maniçoba. Nunca tivemos forças. E BEATRIZ está lá num local sem nem identificação. E nós realmente estávamos pensando em fazer uma lápide com relicário e local para flores e velas. Pedimos a Deus que nos desse uma oportunidade de homenagear BEATRIZ da forma que ela verdadeiramente merece. E Ele nos ouviu e respondeu de forma ainda maior. Nossa princesa terá lugar de destaque no Memorial. Com a possibilidade de as pessoas deixarem mensagens virtuais e obter informações sobre a sua vida, nossa luta por justiça e ainda contribuir para a elucidação desse crime.
Termino com alguns questionamentos também: O que leva uma pessoa, que se diz profissional, produzir um texto como esse? Ajudar ou trazer mais dor para a família?
Atenciosamente,
Lucinha Mota
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