A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (5) uma operação em Alagoas, Paraíba e Bahia contra uma organização criminosa que atua nos três estados. Ao todo foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça alagoana. Ninguém foi preso. Os trabalhos buscaram colher provas relacionadas a duas construtoras que deixaram obras inacabadas em algumas cidades alagoanas e baianas. Elas são referentes a quadras e reformas de escolas. Até o momento, os agentes acreditam que o prejuízo estimado aos cofres públicos é de R$ 1,6 milhão.
No entanto, esse número pode aumentar. Isto porque, de acordo com a PF, foram descobertos contratos celebrados pelas empresas com entes públicos que ultrapassam R$ 13 milhões. A Operação foi denominada "Playground Nordestino", em alusão a uma área livre para recreação. "O nome da operação tem relação direta com a fraude em licitações de material e obras que deveriam ser destinados a crianças, ao lazer delas, e que de fato não foram construídas", esclareceu o delegado do Combate ao Crime Organizado da PF, Agnaldo de Mendonça Alves.
Segundo as investigações, o grupo criminoso atua nos municípios da Barra de São Miguel (AL), Pariconha (AL), Dois Riachos (AL), Paulo Afonso (BA), Glória (BA), Chorrochó (BA) e Brejo do Cruz (PB). "É preciso ressaltar que a investigação está sendo desenvolvida nesse momento e que alguns dos gestores atuais dessas cidades têm colaborado com a investigação, prestando esclarecimentos. Não necessariamente essa ação se refere aos gestores atuais", colocou o delegado.
A Polícia Federal acredita que o grupo tenha cometido crimes licitatórios, de peculato, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, de responsabilidade, e de associação criminosa. Penas máximas somadas ultrapassam 40 anos de prisão.
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