Sem um único deputado federal eleito, caso Isaac Carvalho (PCdoB) não consiga reverter sua situação de inelegibilidade, Juazeiro, com um colégio eleitoral de pouco mais de 146 mil votos, deve ficar sem representação no Congresso Nacional e amargar mais uma vez a falta de recursos oriundos das emendas parlamentares.
Basta uma olhada no boletim de urna local para entender o porquê dessa escassez de representatividade na esfera maior do poder. Na eleição deste último mês de outubro o eleitor local dividiu sua preferência entre 324 candidatos a deputado federal com domicílio eleitoral fora do município, sendo que a grande maioria dos votados por aqui sequer conhecem Juazeiro.
Considerando a exclusão de Isaac Carvalho, que obteve 37.530 votos em Juazeiro, e do Pastor Reverendo Kenaidy, que também teve votos invalidados, a soma de votos para os considerados “forasteiros”, chegou a 52.767 votos, número muito superior aos demais candidatos locais, que juntos somaram 12.252 votos.
Entre os 30 mais votados em Juazeiro na eleição proporcional, para deputado federal, conforme apuração oficial do TSE, apenas três são de Juazeiro: Targino Gondim, com 7. 600 votos, seguido por Márcio Jandir, com 2.880 e Jackson de Maria de Bosco com 644. Entre os 4 mais votados em Juazeiro, três são de fora: Adolfo Viana, com 4. 726, Luciano Araújo com 4.332 e Dayane Pimentel com 3.421 votos.
Se o boletim de urna ainda valer na gestão Bolsonaro, tudo indica que os filhos da terra voltarão a ver navios também nas indicações para os cargos federais. Com recursos nas esferas superiores o ex-prefeito de Juazeiro, Isaac Carvalho, tenta garantir a validade dos seus votos, o que garantiria pelo menos um representante de Juazeiro na Câmara Federal.
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