População de Juazeiro e Petrolina reclama de superlotação e da falta de estrutura dos cemitérios públicos

Moradores de Juazeiro e Petrolina que recentemente perderam familiares enfrentaram sérios problemas além da dor do luto. A falta de espaço nos cemitérios dos municípios tem causado problemas aos moradores da região que desejam sepultar familiares ou entes queridos.

A reportagem deste Blog visitou alguns cemitérios dos dois municípios e constatou que os mesmos estão superlotados, por isso, é difícil conseguir espaço para enterro. 

A situação é tão alarmante e chegou ao ponto de uma família em Petrolina precisar enterrar juntas, na mesma cova, duas irmãs Maria Adriana, de 26 anos e Maria Aparecida, 28 anos. As duas foram vítimas de acidente de moto. Os coveiros afirmam que os cemitérios estão superlotados e dizem que a cada sepultamento é preciso “quebrar a cabeça, uma estratégia quase mágica para conseguir espaço”. 

Os principais cemitérios de Petrolina são: Campo da Paz, que fica no bairro Henrique Leite, Campo da Esperança, no bairro João de Deus, e Campo das Flores, no Centro da Cidade. Além desses, existem os cemitérios na Zona Rural do município, em Rajada, Nova Descoberta e Carneiros.

Em Juazeiro, no Cemitério Municipal, bairro Santo Antonio, um dos coveiros diz que não há mais espaços para novos túmulos. José Severino, morador do bairro Tabuleiro, diz que se revolta porque as cidades cresceram muito e os cemitérios continuam do mesmo jeito.”

A Prefeitura de Juazeiro, através da Secretaria de Serviços Públicos (SESP) explica que, como o Cemitério Central não possui mais espaço para novas covas, o município discute a ampliação do Cemitério do João Paulo II, pois possui espaço para quem ainda não tem sepultura no local.

No inicio deste mês, para celebrar o Dia Finados, como parte das ações de manutenção, o Cemitério localizado no bairro João Paulo II teve o conserto do muro, troca do portão de entrada, recuperação do calçamento com paralelepípedo, ampliação do espaço e demarcação de área com meio fio.