O presidente nacional do DEM e prefeito de Salvador, ACM Neto, afirmou ser contra o Escola sem Partido, projeto que tramita na Câmara dos Deputados e que é uma das principais bandeiras do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL). Em entrevista à rádio Metrópole, de Salvador, ACM Neto afirmou que tem uma visão absolutamente diferente a do presidente eleito em relação ao projeto. Afirmou que os professores têm suas próprias opiniões e que não cabe ao governo censurá-los.
"No Brasil, não tem essa coisa de professor estar na sala de aula fazendo militância política. Alguns até fazem, mas são exceções. E exceções devem ser tratadas como exceções. Você vai censurar, monitorar o que o professor está falando em sala de aula? Isso é descabido", afirmou.
ACM Neto ainda criticou a possibilidade do presidente ter acesso às questões da prova do Enem antes de ela ser aplicada, como cogitado por Jair Bolsonaro e endossado pelo futuro ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez. "Jamais, se fosse presidente, iria ver com antecedência a prova do Enem. Isso não existe", disse o prefeito de Salvador.
O presidente do DEM ainda afirmou que Educação e Relações Exteriores são as duas áreas do futuro governo que mais o preocupam. "Me preocupa muito que o governo queria apagar um passado equivocado de um viés ideológico de esquerda imprimindo um viés ideológico de direita. [...] Temos que ficar atentos para evitar que exageros aconteçam numa área e na outra", disse.
Com 29 deputados federais na próxima legislatura, o DEM caminha para ser um dos principais partidos da base aliada do presidente eleito, Jair Bolsonaro. Três deputados do partido ocuparão ministérios no governo Bolsonaro: Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Tereza Cristina (Agricultura) e Luiz Henrique Mandetta (Saúde).
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