O ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte, defendeu, ontem (26), em Brasília, na abertura da Conferência Nacional de Neutralidade da Degradação da Terra: Estratégias, Resultados e Perspectivas, um esforço político permanente no combate à desertificação no semiárido brasileiro: “Mobilizar as comunidades e os governos locais em projetos que recuperem o solo e a capacidade produtiva é estratégico do ponto de vista econômico, social e ambiental”, enfatizou.
A conferência tem como objetivo principal a promoção do desenvolvimento rural sustentável e a adaptação de atividades agrícolas à mudança do clima na região semiárida do Brasil, por meio da estratégia de Unidades de Recuperação de Áreas Degradadas e Redução da Vulnerabilidade Climática (Urad). Durante o evento o Edson Duarte assinou um Acordo de Cooperação Técnica para elaboração de um plano piloto de combate à desertificação entre o Ministério do meio Ambiente e o município de Santo Antonio de Lisboa, em Sergipe.
O evento é uma parceria do MMA com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD). Participaram da mesa de abertura as representantes da UNCCD, Aurelie Lhumeau, e do PNUD, Rose Guedes; a vice-governadora do Piauí, Margarete Coelho; o secretário de Meio Ambiente do estado do Ceará, Arthur Bruno; o prefeito de Santo Antonio de Lisboa (PI), Wellington Carlos; e o diretor-geral do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Denocs), Angelo Guerra.
A desertificação e degradação da terra, potencializada pelos efeitos da seca, é um dos mais graves problemas ambientais do Brasil. Na região semiárida, o fenômeno provoca prejuízos ambientais, econômicos e sociais. Para enfrentar a questão, o governo instituiu a Política Nacional de Combate à Desertificação, Lei nº 13.153, em 2015.
No Brasil, a área suscetível aos processos de desertificação encontra-se na região semiárida e representa 18% do território nacional. Abriga 29% da população do país, o que significa 34,5 milhões de habitantes, sendo 8,6 milhões moradores da zona rural.
A estratégia Urad associa ações ambientais, sociais e produtivas, envolvendo a participação das comunidades na recuperação de nascentes, na contenção de processos erosivos, construção de fogões ecológicos, unidades sanitárias, cisternas e uso da integração lavoura-pecuária-floresta, entre outras ações.
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