Uma pesquisa do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) levantou os motivos para que os profissionais brasileiros abandonem o programa Mais Médicos antes do final do contrato. De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, os dados apontam duas principais causas: ser aprovado em uma residência médica em outro local ou ser contratado em uma cidade com melhor infraestrutura.
De acordo com a Conasems, os médicos brasileiros formados no país são os profissionais com maior resistência para cumprir a carga horária de oito horas diárias, previstas no programa, já que eles não têm restrições contratuais para a atuação em outros postos de trabalho. Os estrangeiros e os brasileiros formados no exterior que não tiveram o diploma validado no Brasil são obrigados a se dedicar com exclusividade ao Mais Médicos.
Os dados mostram ainda que após um concurso voltado para médicos brasileiros, realizado no ano passado pelo Ministério da Saúde, 30% dos selecionados deixaram as localidades antes de completar um ano de trabalho. Apesar do número alto de profissionais que deixam o Mais Médicos, o Conasems afirma que recebe relatos positivos sobre os brasileiros. “Em muitos municípios, equipes trabalham em horários estendidos para atender às necessidades da população”, diz Mauro Junqueira, presidente da entidade.
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