ESPECIAL: Açude de Pinhões, sem risco iminente de rompimento, mas precisando de muitos cuidados, avaliam moradores

De acordo com o Relatório de Segurança de Barragens, relativo a 2017, publicado pela Agência Nacional de Águas (ANA) e divulgado na última semana, das 24.092 barragens espalhadas pelo Brasil, 723 foram classificadas nas categorias de risco ou com algum dano potencial.

De acordo com o relatório a Bahia é o estado que possui o maior número de barragens com problemas de impacto na segurança, com 10 barragens listadas entre as que apresentam problemas na sua estrutura, dentre estas a de Pinhões, em Juazeiro, que, segundo o levantamento estaria em situação de risco.

O Blog Geraldo José fez contato com moradores do distrito, localizado a pouco mais de 50 Km da sede do município, e obteve relatos que vão contra a informação de risco iminente, mas com relatos de erosão em algumas partes, principalmente em áreas do sangradouro.

De acordo com o engenheiro Mecânico, Diógenes Murilo, que tem familiares no distrito, “Não é real essa informação , até porque há dois anos, mais ou menos, foi feito um serviço de duplicação da parede por conta do asfalto da BR 235. O que existe hoje na parede em si são algumas erosões provocadas pelas chuvas ou pelo serviço ruim realizado na duplicação da parede, onde o sistema de drenagem pluvial do asfalto foi muito mal feito, danificando as canaletas e provocando infiltramentos na parte externa da parede do açude, por enquanto sem risco de rompimento da barragem”, esclareceu.

De acordo com Diógenes outros fatores deveriam merecer uma atenção maior dos técnicos do Dnocs: “Por conta dos vários e vários anos que o açude vem sangrando, sem uma manutenção adequada, existem alguns pontos com muita erosão, que chegam a entrar por baixo da laje de concreto, isso sim é um problema. Outra preocupação diz respeito às árvores do tipo algaroba, que nascem nas paredes da barragem, tanto de um lado, como do outro, sem nenhuma intervenção de retirada, que crescem rapidamente e podem num futuro próximo trazer algum problema em função das raízes que se infiltram na base da parede”, alertou. 

Henrique Gilvan, também residente no distrito de Pinhões, na mesma linha, considerou a situação da açude como preocupante em alguns aspectos, principalmente no que diz respeito aos cuidados com a manutenção preventiva, como pode ser visto nos registros fotográficos que fez para o Blog Geraldo José.