A saída de Cuba do programa Mais Médico, criado em 2013 no governo Dilma Rousseff para garantir assistência à saúde em regiões desassistidas do país, foi lamentada pelo deputado estadual Marcelino Galo (PT). O governo Cubano informou, nesta quarta-feira (14), que decidiu sair do programa social em decorrência das "referências diretas, depreciativas e ameaçadoras" feitas pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, à presença de médicos do país caribenho no Brasil.
"É condenável a postura e atitudes irracionais de quem foi eleito para dirigir nosso país e cuidar do nosso povo, mas que age com extrema irresponsabilidade antes mesmo de ter tomado posse do cargo máximo da República. Dá-se provas, contínuas, de que só haverá retrocessos sob esse governo nocivo ao bem estar social dos brasileiros", considerou Galo. "O Programa Mais Médico é referência internacional e garantiu atendimento médico de excelência a mais de 30 milhões de brasileiros, e os médicos cubanos foram fundamentais para isso", enfatizou.
O parlamentar, que recepcionou o primeiro grupo de médicos cubanos em 2013 no aeroporto de Salvador, lembra ainda que 843 profissionais de Cuba atuaram em 315 municípios baianos "prestando serviços e atendimentos de excelência, reconhecidos por toda população beneficiada". Em nota, o Ministério da Saúde Pública de Cuba informou que em 5 anos perto de 20 mil colaboradores cubanos ofereceram atenção médica a 113 milhões 359 mil pacientes, em mais de 3 mil 600 municípios brasileiros e que "mais de 700 municípios tiveram um médico pela primeira vez na história".
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