ESPAÇO DO LEITOR: DEMOKRATIA

14 de Nov / 2018 às 10h30 | Espaço do Leitor

A essa altura tem gente que diz:

_ Graças a Deus, finalmente, terminaram as eleições!

Eu, digo justamente o contrário:

_ Não sei porquê, mas elas não deveriam ter terminado!

Porque não é todo dia que o brasileiro tem oportunidade de discutir Democracia. Não é todo dia que nós temos o costume salutar, de penetrarmos na vida daqueles que nos representam, dissecando-as, virando-as pelo avesso, exteriorizando os seus defeitos e as suas virtudes; até o dia do acerto de contas entre o povo e aqueles que se oferecem para nos representar. O dia da votação.

Dentre nós, alguns lograram serem eleitos, outros não. Para aqueles que foram eleitos, resta nos representar a todos - os que neles votaram e os que neles não votaram. Isto porque eles foram eleitos para representarem as comunidades onde eles receberam votos, ou seja: uma ou mais cidades que os ajudaram nesse mister, e não apenas os eleitores que neles votaram; tenham eles tido um único voto naquela localidade ou tenham sido nela o mais votado. Não importa!

O espírito democrático assim o exige, pois democracia além de ser o governo do povo, pelo povo e para o povo; também é o regime político bem que a soberania é exercida pelo povo. Vejam que a palavra democracia tem origem no grego “demokratía” que é composta por “demos” (que significa povo) e “kratos” (que significa poder). Neste sistema político, o poder é exercido pelo povo através do sufrágio universal do voto, confiado a alguém, (o candidato), para ser o seu representante depois de eleito.

Uma das principais funções da democracia é a proteção dos direitos humanos fundamentais, tais como a liberdade de expressão, de religião, a proteção legal, e as oportunidades de participação na vida política, econômica, e cultural da sociedade. Os cidadãos tem  o direito e o dever de participar do sistema político que vai proteger seus direitos e suas liberdades, através do exercício de sua cidadania, na ação de votar.

O que a democracia não determina é que, aqueles que não lograram êxito nas urnas, virem as costas para o povo e, nem tampouco, se esqueça  dele durante quatro anos, só voltando a lembrar-se no próximo pleito, como fazem a maioria dos políticos.

Aqueles que assim fizerem, correm o risco de daqui a mais quatro anos já terrem sido esquecidos pelo povo. E a pior consequência para um político é a de ser esquecido pelo povo, conforme tivemos a oportunidade de ver nesse pleito, por parte de alguns políticos, que já eram tradicionais no cenário nacional e, de repente, foram esquecido pelo povo nas urnas, não logrando êxito nas suas pretensões.

Sobretudo, nunca devemos nos esquecer que, em política, o povo que bota é o mesmo povo que tira, portanto, a política e  a democracia, são pelo povo e para o povo; fora disso não há salvação.

Carlos Augusto Cruz Médico/Advogado

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