Visitantes do Mesa São Paulo aprovam diversidade gastronômica da agricultura familiar baiana

12 de Nov / 2018 às 10h30 | Variadas

Os produtos da agricultura familiar baiana despertaram o interesse dos visitantes do Mesa São Paulo 2018, maior evento de gastronomia do Brasil, encerrado neste domingo (11), no Memorial da América Latina, na capital paulista. A forma de produção das cooperativas, que primam pela qualidade dos produtos e o cuidado com o meio ambiente, chamaram à atenção de chefs de cozinha nacionais e internacionais, nutricionistas, artistas, estudantes e o público em geral.

Um dos destaque foi a castanha de caju produzida por agricultores familiares da Cooperativa da Cajucultura Familiar do Nordeste da Bahia (Cooperacaju), do município Ribeira do Pombal, no semiárido baiano. A Cooperacaju desenvolve um projeto de beneficiamento de amêndoas de castanha de caju com base nos princípios da economia solidária e da sustentabilidade do semiárido do nordeste da Bahia, com uma área de atuação que abrange 21 municípios, sendo sete unidades de beneficiamento.

De acordo com Elienai Trindade, da Cooperacaju, o sabor e a crocância da castanha são apontados pelos consumidores do Mesa São Paulo como o diferencial do produto. Ela explica que o diferencial do produto está na forma do processamento da amêndoa a da castanha de caju. "A nossa castanha é produzida de forma artesanal, em especial a natural. A amêndoa  é cozida a vapor a 80 graus, depois fica por 12 horas na estufa no processo de desidratação. Isso assegura a qualidade, o teor dos nutrientes, não altera o sabor e mantem a castanha crocante. Essa é a diferença uma vez que a maioria da castanha existente no mercado é torrada". 

O cozinheiro Almir Oliveira, de Campo Grande, Moro Grosso do Sul, destacou o processo de conservação da castanha. "É difícil de achar castanha com essa qualidade e a preço justo. É impressionante. Espero comercializá-la em breve, trabalho com a linha funcional e busco sempre produtos de qualidade", disse. 

A união do palmito produzido pelos Produtores de Palmito do Baixo Sul da Bahia (Coopalm) e o azeite de licor, da Cooperativa de Produção da Região do Piemonte da Diamantina (Coopes), é outro destaque da agricultura familiar baiana.  "É uma explosão de sabores. Eu não conhecia o azeite de licuri. Já havia provado na forma coquinho e cozinhado com ele. Achei o azeite maravilhoso, muito parecido com o coco babaçu, que temos lá no norte", descreveu a chef de cozinha Irina Cordeiro, conhecida pela participação no programa de TV  Masterchef Profissionais.

O americano Dan Strongn,  expositor do mesa e um dos coordenadores do Prêmio Queijo Brasil, revelou que não conhecia o azeite de licuri. "Incrível! Porque realmente... Aprofunda o sabor da pupunha. Ainda tem o sabor de palmito, mas tem um sabor que lembra café, nozes.. realmente, delicioso, um palmito de qualidade".

Produtos

No evento, as cooperativas da agricultura familiar expõem os produtos no estande localizado no Espaço Farofa, organizado pelo Governo do Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), em parceria com a Secretaria de Turismo (Setur). No local, os visitantes podem conhecer e degustar beijus de coco, bananas chips, farinha de mandioca, licuri e derivados, cafés especiais, amêndoas de castanha de caju, palmito e nibs de cacau, entre outros.

Também estão expondo os produtos as cooperativas de Cafés Especiais e Agropecuária de Piatã (Coopiatã), de Produtores Rurais de Presidente Tancredo Neves (Coopatan), além do nibs de cacau produzido no  Assentamento Dois Riachões.

Ascom SDR

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