Inicia nesse sábado (20) uma grande temporada do espetáculo Chão, solo da bailarina Fernanda Luz, que segue até o dia 30. Serão ao todo 16 apresentações gratuitas no Teatro Dona Amélia, entre sessões abertas ao público e outras voltadas para estudantes da rede pública de ensino. Criado a partir de signos da cultura indígena, o trabalho lança reflexões sobre questões dos povos originários.
O projeto "Chão: a escola em uma volta às raízes" é mais uma realização da Cia. Balançarte, que há 12 anos desenvolve ações de dança na região. Aos sábados e domingos, dias 20, 21, 27 e 28, as sessões são abertas ao público com entrada gratuita. Iniciando a apresentação sempre às 20h, a bilheteria abre uma hora antes para a distribuição das senhas.
Para a bailarina e diretora Fernanda Luz, realizar uma temporada desse trabalho é muito importante para reafirmar o discurso da obra e mais uma vez levar para cena suas vivências com os povos indígenas. "Fazer Chão sempre é uma grande aprendizagem. É um espetáculo ímpar em nossas vidas, tanto no que se refere a questão artística, quanto humana. As cenas apresentadas são super sensíveis e provocadoras ao mesmo tempo. Chão é luta, resistência, vida, resiliência e aprendizagem", afirma.
Além de apresentações abertas, o projeto terá ações educativas para jovens que estudam na rede pública. O grupo vai receber cerca de 13 escolas no teatro, atendendo mais de 4.800 alunos que receberão gratuitamente os ingressos e o transporte. Nos dias 23, 25, 26 e 31, serão agendadas sessões às 10h e 15h. Já nos dias 24 e 30, às 10h e 20h. Após assistir a obra, haverá um bate-papo dos estudantes com os artistas e o historiador Antônio Carvalho, onde se discute sobre as temáticas da criação e processos artísticos.
O também diretor Antonio Pablo acredita nesse diálogo com as escolas pelo potencial da arte para a formação social e construção do senso crítico. "Sem dúvida nenhuma o trabalho vai provocar um estranhamento e, juntos, vamos desenraizar questões, transformando o teatro em sala de aula, porque a arte e a educação caminham juntas, ou pelo menos deveriam", comenta.
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