O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, se eximiu de responsabilidade sobre a prática de compra de pacotes de mensagens contra o adversário dele na disputa, Fernando Haddad (PT). De acordo com Bolsonaro, as pessoas envolvidas na denúncia podem, inclusive, serem de esquerda e para prejudicar sua campanha e “complicar sua vida”.
“Eu não tenho controle se tem empresário simpático a mim fazendo isso. Eu sei que fere a legislação. Mas eu não tenho controle, não tenho como saber e tomar providência”, disse ao site Antagonista.
Reportagem da Folha de S.Paulo publicada nesta quinta-feira afirma que empresas bancaram, com contratos de R$ 12 milhões, serviços de disparos de mensagens no WhatsApp contra o PT e a favor de Bolsonaro, o que contraria a legislação eleitoral brasileira.
Em entrevista coletiva à imprensa, o candidato petista, Fernando Haddad, disse que vai acionar todos os mecanismos judiciais para que a campanha de Bolsonaro e os empresários supostamente envolvidos sejam punidos.
O ex-prefeito de São Paulo citou ainda a possibilidade de que a candidatura do adversário seja impugnada, e o terceiro colocado no primeiro turno seja chamado para disputar a segunda etapa da disputa.
"Em qualquer lugar do mundo isso seria um escândalo de proporções avassaladoras, poderia encerrar até com a impugnação da candidatura com a chamada do terceiro colocado para disputar o segundo turno", disse Haddad.
Partido de Ciro Gomes, que ficou em terceiro lugar no primeiro turno das eleições presidenciais, o PDT afirmou, por meio de seu residente, Carlos Lupi, que já prepara uma peça jurídica com a qual pedirá o cancelamento ou a nulidade das eleições presidenciais de 2018. Os argumentos do pedido ainda estão sendo preparados pelos advogados da legenda, que devem endereçar a solicitação ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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