ARTIGO: AOS QUE RIRAM DE UMA ANÁLISE NADA CONVENCIONAL

18 de Oct / 2018 às 23h00 | Espaço do Leitor

Eu costumo dizer que na vida quem apresenta uma ideia que, em tese, contraria a falsa lógica unânime é uma pessoa sujeita a ridicularização. Mas, no final desse artigo de opinião eu explico bem essa frase! Digo isso até porque, a meu ver, a política está longe de ser uma ciência exata. Vimos isso nessa distópica eleição para presidente em 2018 no Brasil. Todas as premissas básicas contidas em qualquer manual de estratégia política pareciam estar do lado do candidato do PSDB, GERALDO ALCKMIN: longo tempo de TV, amplo financiamento de campanha, coligação forte com diversos partidos do centrão e apoio político...                         

O problema é que a receita elaborada por Alckmin ignorou justamente a variável que, segundo especialistas é a mais importante resumida com o seguinte termo: "Se, somente se". Isso quer dizer que uma fórmula só alcança seu resultado se as condicionantes corretas estiverem em seus devidos lugares. Alckmin escorou toda a sua campanha nas premissas dos velhos almanaques de política, ou seja, nos "modos operandi da velha política." E tudo o que o eleitor quis nestas eleições foi a nova politica. Os sinais já estavam dados há algum tempo, mas campanha tucana ignorou-os. O Titanic de Alckmin não poderia ter tido outro destino: esbarrou-se no iceberg da rejeição do eleitorado. Deixou o PSDB muito menor, sem rumo e dividido.

O mais incrível disso tudo foi que Alckmin teve R$ 54 milhões para usar na campanha. Mais de seis minutos de tempo de TV. Os nove partidos que compunham a sua coligação somavam quase 300 deputados. Porém errou ao apresentar-se com aquela sua postura moderada que sempre "pareceu agradar" um eleitorado que sempre tendeu ao centro. As aparências enganaram.  Alckmin perdeu as eleições para Jair Bolsonaro, do PSL, que gastou no primeiro turno R$ 1,2 milhão e teve apenas sete segundos de tempo de TV. As premissas determinadas por Alckmin só poderiam dar resultado "se, somente se" não tivessem sido completamente modificadas pelo atual pensamento do eleitorado brasileiro, a saber, faxina geral no governo!

Alckmin adotou estratégias desastrosas para tentar levantar a campanha tucana, porém  se revelaram um desastre. Aliou-se à banda podre da política, o desgastado Centrão, em nome de um tempo de televisão cujo peso comparando-se a explosão da campanha nas redes sociais já se anunciava bem menor. Ou seja, Alckmin com os olhos voltados para um projeto meramente pessoal fez apostas erradas e preferiu o óbvio caminho do abismo sem se dar conta disso. Os próprios integrantes do PSDB (oh coitados) admitem que foram pegos de surpresa com o resultado.  Tornou-se o candidato completamente errado quando o eleitorado resolveu tentar varrer a velha política do mapa.  

Talvez você agora meu caro leitor deva estar aí pensando: "ah, mas é muito fácil seu ERRY JUSTO ficar escrevendo isso agora depois que o cara perdeu né?" Errado! No dia 28 de setembro, aqui nesse Blog eu publiquei um artigo intitulado A MORTE DOS AFOGADOS ABRAÇADOS, lembra? Nesse artigo de opinião eu disse exatamente, mas com outras palavras, essa minha lógica que Alckmin e o PSDB tinham tudo para vencer em tese, porém estavam fazendo tudo errado! Para o contragosto de alguns que riram e criticaram nos comentários abaixo dessa coluna o que eu escrevi naquele artigo  (até porque contrariavam os afãs dessa gente que queria o poder custe o que custar) deixo aqui aos que riram de uma análise nada convencional, uma frase bem pequena, mas que resume bem o que agora está acontecendo na política brasileira:

 A VELHA POLÍTICA ESTÁ COM SEUS DIAS CONTADOS!

 O POVO BRASILEIRO ESTÁ CANSADO DE VOCÊS...

ERRY JUSTO Radialista e "Jornalista passa fome"

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