Em entrevista às rádios Bandeirantes e Jovem Pan na manhã desta segunda-feira (8), o candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) comentou sobre a possibilidade de participar dos debates para o segundo turno. "Acho que debater com o PT não tem dificuldade", afirmou, após relatar se sentir bem e ter desejo de fazer campanha pelo país.
Uma junta do hospital Albert Einstein deve definir a liberação de Bolsonaro para tais compromissos na quarta (10), mas não deve ser autorizado a fazer corpo a corpo. O candidato do PSL chamou seu adversário, Fernando Haddad (PT), de "pau mandado do PT". "É pior do que a Dilma, que era um poste. Ele é subserviente ao senhor Lula, que está preso em Curitiba." Bolsonaro também falou sobre a campanha ao governo de São Paulo -ele "liberou" seus correligionários para escolher entre João Doria (PSDB) e Márcio França (PSB), indicando que não vai apoiar um ou outro.
Ao citar os eleitos Major Olímpio e Joice Hasselmann, ambos do PSL e eleitos respectivamente para Senado e Câmara por SP, disse que cada um pode fazer campanha para o seu candidato com liberdade, mas "sem atacar o adversário". O capitão reformado ressaltou a representatividade conquistada pelo PSL no Congresso. "Para quem falava que eu não teria governabilidade, temos a segunda bancada física na Câmara, além de outros parlamentares que têm compromisso de nos ajudar na governabilidade", disse.
Sobre Magno Malta (PR), um de seus principais apoiadores e que não se reelegeu senador pelo Espírito Santo, Bolsonaro afirmou ter sido "a única derrota de peso". "Ele se sacrificou e muito rodando o Brasil comigo, e deixou um pouquinho de lado o Espírito Santo, achando que estava bem."
A alta proporção de ex-militares eleitos ao Legislativo foi atribuída pelo candidato a uma preocupação da população com a Segurança Pública, e ele aproveitou para reforçar propostas como a redução da maioridade penal.
O presidenciável falou também em compromisso com a democracia, garantir liberdade da mídia, menos impostos, combate à corrupção e Estado mais enxuto -"dois senadores por estado e diminuir 15%, 20% do Parlamento [Câmara]".
Sobre as declarações de seu vice General Mourão e de seu guru econômico Paulo Guedes, afirmou que ter pedido que evitem falar com a imprensa. "Eles não tem tato [para isso], então não falem", disse, comentando a última bronca que deu em Mourão, que disse que o neto é "um cara bonito (...), branqueamento da raça".
"Eu podia falar o contrário, a minha está escurecendo. Minha mulher é filha do Paulo Negão. Mas não é o caso tocar nesse assunto. Não soma absolutamente nada e dá munição pro inimigo."
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