Depois da repercussão gerada pela carta divulgada nesta quinta-feira, 20, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso usou o Twitter para esclarecer que o texto foi direcionado “aos eleitores e eleitoras, não aos candidatos ou aos partidos.” O tucano afirmou que há meses defende a criação do que chama de centro popular e progressista. “Parece que na conjuntura água mole não racha pedra dura. O que não muda minhas convicções”, escreveu FHC. Na carta, Fernando Henrique defende que os candidatos considerados de centro se juntem para evitar uma vitória de Jair Bolsonaro (PSL) ou de Fernando Haddad (PT) na eleição presidencial. Os dois lideram as pesquisas de intenção de voto. “Ainda há tempo para deter a marcha da insensatez.
Como nas Diretas-já, não é o partidarismo, nem muito menos o personalismo, que devolverá rumo ao desenvolvimento social e econômico”, avalia o texto. Ao comentar a carta, o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, disse que, no momento, não vai procurar os demais postulantes. “A ideia é uma reflexão junto ao eleitorado”, apontou Alckmin, que é apoiado por FHC na eleição. Já o presidenciável do PDT, Ciro Gomes, terceiro colocado nas pesquisas, disse que “é mais fácil boi voar de costas” do que o chamado centro se unir no primeiro turno. “O FHC não percebe que ele já passou.
A minha sugestão para ele, que ele merece, é que troque aquele pijama de bolinhas que está meio estranho por um pijama de estrelinhas.” Marina Silva (Rede), por sua vez, afirmou que o PSDB de Alckmin e FHC passa pelos mesmos problemas do PT e que “fazer um discurso para que haja uma união e dizer que o figurino cabe no candidato do seu partido talvez não seja a melhor forma de falar em nome do Brasil.” Enquanto FHC defende a carta e a unificação do centro, a campanha de Alckmin reforçou a narrativa do voto útil e passou a pregar que Marina, Meirelles e Amoêdo não têm viabilidade eleitoral.
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