Cerca de 1000 trabalhadores, contratados e subcontratados da empresa produtora de energia solar Motrice, em Juazeiro, participaram de assembleia, nesta terça-feira (18), onde foi colocado em votação o acordo coletivo e benefícios, que serão negociados com a classe patronal da companhia. O vereador Agnaldo Meira (PCdoB) acompanhou a mobilização, realizada pelo Sindicato de Trabalhadores da Construção Pesada e Montagem Industrial do Estado da Bahia (SINTEPAV-BA), e declarou total apoio aos trabalhadores.
Os funcionários da empresa reivindicam melhores condições da cesta básica, folga familiar para os trabalhadores alojados, a cada 60 dias uteis, e, em dia de pagamento, além de melhorias na alimentação oferecida pela empresa. Os assalariados denunciaram o descaso da companhia, que tem disponibilizado refeições de baixa qualidade, o que provocou intoxicação alimentar em cerca de 80% dos trabalhadores.
“O empreendimento beneficia a cidade e a região, porém, é importante que o trabalhador seja valorizado, uma vez que é dele a força que faz com que as empresas existam”, afirmou o diretor e secretário de Assistência Socioeconômica, Meio Ambiente e Ecologia do SINTEPAV-BA, José Rodrigues.
A pauta foi aprovada por unanimidade. A direção sindical também destacou as conquistas alcançadas em acordo coletivo, a exemplo das 200 horas de participação dos lucros e resultados (PLR), além da não obrigatoriedade da hora in itinere. “Essas são as garantias de que estamos atuando em beneficio do trabalhador, para que uma fatia desse bolo também seja dividida com eles”, pontuou o presidente SINTEPAV-BA, Irailson de Oliveira (Gazo).
Durante conversa com os contratados e subcontratados da empresa Motrice, Agnaldo Meira, a Voz dos Trabalhadores de Juazeiro, destacou a importância da luta pelos direitos trabalhistas e pela escolha de candidatos, nessa eleição, que ajudem a promover melhor qualidade de vida para a categoria.
“Estamos vivendo um momento de grande desafio para a classe trabalhadora. Rasgaram a Constituição Federal de 1988 e a CLT. Retiraram direitos conquistados durante décadas. É preciso que o trabalhador fique atento, diante de todos esses desmontes e retiradas de direitos, que esse governo ilegítimo tem feito. Precisamos analisar qual a melhor proposta queremos para o Brasil. Estamos juntos, para cumprir o que foi acordado nessa convenção”, confirmou Meira.
A mobilização também contou com a presença do dirigente do Movimento de Luta pela Terra (MLT), Damião Muniz. Após a assembleia, os trabalhadores pararam as atividades, em protesto contra os serviços de refeição, que são oferecidos pela empresa, retornando as tarefas nesta quarta (19).
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