A Polícia Federal considerou, após uma avaliação preliminar, que não houve erros na escolta dada pelo órgão ao candidato Jair Bolsonaro em Juiz de Fora (MG). O setor de inteligência não havia recebido nenhuma informação que indicasse a iminência de um ataque, segundo o órgão. Informações desse tipo podem levar a PF a tentar convencer um político ou uma autoridade sob escolta a cancelar compromissos. Os policiais não têm poder de veto sobre a agenda do protegido.
A PF afirma que os níveis de segurança empregados não só para Bolsonaro, mas para todos os presidenciáveis nestas eleições "são os mais altos, até acima dos oferecidos aos chefes de Estado que participaram das Olimpíadas no Rio de Janeiro" em 2016. Mesmo considerando que "os rígidos padrões recomendados" foram mantidos na escolta de Bolsonaro, a PF deverá reforçar a segurança de todos os candidatos nos próximos dias, como forma de precaução. Não foi revelado, por razões de segurança, o número de policiais federais que atuavam na escolta de Bolsonaro.
A direção-geral da PF, em Brasília, disse que vai convidar os coordenadores das campanhas presidenciais para reuniões sobre a segurança dos candidatos. Provavelmente, diz a PF, nessas reuniões serão reforçadas as recomendações para que os candidatos evitem exposições desnecessárias e riscos físicos em suas atividades de campanha.
A PF reconheceu que trabalha com limites legais para a atividade de escolta. "O policial da escolta pode advertir, alertar, recomendar, mas o candidato é livre para fazer sua campanha. É um risco que se corre o tempo todo", informou um policial.
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