Após o início da campanha eleitoral, o juazeirense e o petrolinese mais atentos, ja devem ter percebido que a eleição deste ano está diferente das anteriores. A participação dos cabos eleitorais nas ruas não é a mesma vista em disputas passadas, e grande parte dessas mudanças têm a ver com as novas regras estabelecidas pela legislação eleitoral, que impõe restrições na campanha.
A redação deste Blog, entrevistou no centro de Juazeiro e Petrolina, algumas pessoas que estão trabalhando, a maioria com bandeiras e fazem panfletagem, como santinhos, cartazes e adesivos. Todos apontaram que estão trabalhando devido estar desempregado e a campanha política surge "como um ganho extra para ajudar na economia".
Gilvan de Souza, trabalha para um candidato e coordena a equipe que sai para fazer as caminhadas e panfletagem nas ruas. "Ele diz que em média um carregador de bandeira ganha R$ 150 reais por semana".
Gilvan ainda explica que o principal objetivo do trabalho é buscar o diálogo e a interação com o eleitor, diferentemente das campanhas anteriores, quando as pessoas investiam mais na simples distribuição do material.
O Ministério Público do Trabalho, firmou vários Termos de Ajuste de Conduta (TAC) com partidos políticos e em muitas partes do Brasil requisitará auditorias do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para averiguar as condições de trabalho durante as eleições, principalmente na atividade de panfletagem nos semáforos.
O funcionário público Afonso de Jesus, diz que espera que nas próximas eleições este tipo de serviço também seja proibido. "A proibição de pintar muros e casa já melhorou o visual da cidade e muito".
Segundo Afonso os impactos no mercado de trabalho, em termos econômicos, não são muito substanciais. “É uma mão-de-obra precária e meramente circunstancial. Não haverá contributo para a diminuição perene dos índices de desemprego, nada obstante o aumento temporário da renda dos trabalhadores que forem absolvidos por essa atividade”, opina.
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