O expressivo aumento da área plantada de manga nos últimos anos tem preocupado mangicultores em todo o País. Isso porque, apesar dos bons resultados financeiros da cultura desde 2014, é necessário que o sistema de produção e o mercado consumidor também evoluam para que a atividade se mantenha viável.
De 2014 a 2017, a área nacional alocada à fruta cresceu 9%, e a projeção é de que aumente mais 7% até o fim de 2018. A expansão dos pomares de manga no Brasil concentrou-se principalmente no Vale do São Francisco (Pernambuco e Bahia) e no Norte de Minas Gerais. Porém, mangicultores dessas praças afirmam estar cautelosos quanto a expandir suas plantações.
Além disso, os novos pomares estão cada vez mais adensados, produzindo grandes quantidades. A oferta de manga deve aumentar bastante nos próximos dois anos, quando esses novos pomares estarão em idade produtiva – cenário que salienta ainda mais a importância de expandir os mercados.
Muitos mangicultores acreditam que o hábito de consumo da fruta ainda está muito aquém do potencial no Brasil, principalmente devido à redução do poder aquisitivo da população, que limita o aumento do consumo. Ainda assim, a maior parte da produção nacional é consumida internamente, levando produtores a focar no mercado externo como alternativa para escoar o volume adicional que será ofertado em breve.
As exportações de manga já aumentaram significativamente nos últimos anos, mas permanecem abaixo das expectativas, visto que, segundo colaboradores do Hortifruti/ Cepea, o estabelecimento de novas relações comerciais depende de longos processos burocráticos.
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