TERREIRO DE MÃE ADELAIDE, NO QUIDÉ/JUAZEIRO/BA, VOLTA A SER APEDREJADO E DENUNCIA FOI REGISTRADA NO CONSELHO NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS

27 de Aug / 2018 às 09h25 | Variadas

Neste domingo (26.8), o terreiro Ilê Abasy de Oiá Gnan, liderado pela Yalorixá Adelaide Santos, 66 anos, localizado há 42 anos no bairro Quidé, em Juazeiro/BA, voltou a ser apedrejado, nos horários da manhã, tarde e noite. Por volta das 20 horas, Mãe Adelaide, precisou ser retirada do local, por filhos e filhas da religiosa, temerosos/as por sua saúde. Afinal, Mãe Adelaide tem de pressão alta e estava muito tensa. Desde o último mês de maio que o terreiro tem sido alvo de apedrejamentos.

Ontem mesmo o caso foi denunciado ao Conselho Nacional de Direitos Humanos, em Brasília, e hoje representantes do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade (Compir) e a Rede Sertão do São Francisco de Combate ao Racismo Institucional, irão tomar novas medidas, como retornar ao Ministério Público, às policias Civil e Militar, acionar as secretarias estaduais de Promoção da lgualdade (Sepromi) e da Segurança Pública. Também pretende ver meios legais de formular a denúncia em âmbito internacional.

Mas esse caso de intolerância religiosa não iniciou agora. Em 2015 o terreiro Ilê Abasy de Oiá Gnan, foi arrombado, apedrejado várias vezes e seu telhado foi parcialmente destruído. As paredes do terreiro foram todas danificadas e marcadas com cruzes. Quadros e fotografias foram destruídas. Em 14 de junho deste ano o Conselho de Promoção da Igualdade Racial (Compir), que têm atuado ao lado da religiosa, realizou uma vigília no local. Nem mesmo com a presença de pessoas não ligadas ao terreiro no local inibiu o/a agressor/a que continuou arremessando várias pedras no telhado.

Por Céres Santos – Jornalista DRT 6156/RS

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