O desmatamento na Amazônia pode ter voltado a subir neste ano. É o que indica um monitoramento paralelo ao do governo feito pela ONG Imazon, que divulga mês a mês alertas do que pode estar sendo perdido de vegetação. Segundo a organização, esses alertas subiram 39% de agosto do ano passado a julho deste ano, na comparação com o período de agosto de 2016 a julho de 2017.
O ano eleitoral é apontado pelo Imazon como uma das principais causas do aumento da destruição da floresta. O resultado, segundo os pesquisadores, é que o ritmo das derrubadas na Amazônia voltou a subir depois de uma redução de 20% em 2017.
Por ser feito com uma metodologia diferente da usada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) - órgão responsável pelo Prodes, o sistema que fornece os dados oficiais de desmatamento na Amazônia -, o monitoramento do Imazon não costumava ser comentado pelo governo. Mas, em geral, ele aponta uma tendência do que está acontecendo no campo.
Procurado pela reportagem, o Ministério do Meio Ambiente, Edson Duarte disse desta vez que os dados do Imazon e do Inpe indicam tendência completamente diferente. Para isso, citou os números dos três últimos anos dos dois sistemas. Em 2015, o Imazon apontou uma alta de 215% e o valor oficial foi de +24%; em 2016, a ONG mostrou alta de 97%, mas a oficial foi de 27%; em 2017, ambos mostram queda, mas foi 21% contra 12%, respectivamente.
O ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte contesta os números do Imazon. “Não correspondem. Nós fazemos um acompanhamento diário, e esses dados são fornecidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Nós estamos mantendo os mesmos níveis de controle, de tal forma que nos indica de que não teremos um crescimento substantivo, significativo no desmatamento da Amazônia, como o que está sendo mostrado e anunciado”.
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