O turismo é parte importante da economia de Mucugê, na Chapada Diamantina, onde acontece, até domingo (19), um dos mais prestigiados eventos literários do estado e que garantiu 100% dos 1200 leitos da rede hoteleira local. A realização da terceira Feira de Literatura de Mucugê (Fligê), aberta na noite desta quinta-feira (16), tem reflexo positivo para bares, restaurantes, pizzarias, para a feira local e também para o comércio informal, que inclui artesanatos, roupas e outros artigos.
De acordo com informações do secretário municipal de Turismo, Euvaldo Ribeiro Júnior, cerca de 12 mil pessoas devem visitar a cidade durante o período da feira literária. "A cidade está lotada, e nós temos uma perspectiva de geração de aproximadamente R$ 10 milhões de retorno com o evento, com o dinheiro circulando nos bares, restaurantes, hotéis, comércio e guias turísticos", revelou. A Fligê tem correalização do Instituto Conquistense de Inclusão Social e do Estado da Bahia, e conta com patrocínio do Governo Federal.
José Oliveira Luz é proprietário de um restaurante na praça principal da cidade. Ele comenta que a Fligê aquece toda a economia local. "Quem mora na cidade acaba conseguindo uma renda extra e gasta mais no comércio. Mas a maior parte do aumento do movimento é de turistas mesmo. O movimento aumenta e o faturamento cresce mais de 70%".
Na feira local, realizada às quintas e sextas-feiras, os pequenos produtores vendem hortaliças, frutas, legumes, temperos e demais itens. Outros comerciantes oferecem produtos importados, roupas e artigos eletrônicos. Todos eles têm mais chance de melhorar a renda com a realização da Fligê. O feirante Edísio Santana está há oito anos trabalhando na feira livre do município. "A gente nem consegue calcular o quanto aumenta o movimento. Mas a gente vê muita gente diferente, é um movimento muito bom e a gente vende bem mais. Para o comércio é muito bom".
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