O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), Anivaldo Miranda, informou aos órgãos participantes da reunião que analisa as condições hidrológicas da bacia do Velho Chico, a programação de audiências públicas elaboradas pelo colegiado para discutir os impactos de possíveis cheias no rio. Miranda quer a participação dos governos estaduais, dos municípios localizados na calha do rio, usuários e todos os demais que estão relacionados diretamente ao tema. As audiências públicas serão realizadas em Propriá (SE), no dia 31 de agosto; Petrolina (PE), em 17 de setembro; e Pirapora (MG), em 26 de outubro.
“Estamos nesse cenário de crise hídrica, mas as cheias não podem ser descartadas por completo. Nossa diretoria colegiada discutiu e aprovou esse calendário, que representa uma proposta surgida aqui nesse fórum. Diante disso, esperamos contar com o apoio e a participação de todos aqueles que podem contribuir com a discussão, incluindo aí a Agência Nacional de Águas [ANA], a Defesa Civil nacional, assim como as seccionais estaduais, Chesf e outros”, conclamou o presidente do CBHSF. Ele reforçou sua preocupação diante de pequenas oscilações na vazão do rio e que impactam na região do Baixo São Francisco, entre Alagoas e Sergipe.
“Em alguns momentos, basta que o setor elétrico aumente a vazão, por uma necessidade qualquer, e já acontecem os relatos de prejuízos. Então, essa iniciativa representa uma forma de melhorar esse cenário frente a uma possível enchente. Todos os países desenvolvidos se preparam ante os cenários de crise e por falta de planejamento, o Brasil já teve sérios prejuízos tanto materiais quanto de vidas”, finalizou Miranda.
Durante a reunião, também foram feitas apresentações do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e do ONS sobre as condições hidrológicas da bacia do São Francisco. E o diagnóstico de crise hídrica permanece. Nos últimos sete dias, o registro de chuvas na bacia do chamado rio da integração nacional foi de apenas um milímetro (mm). Para os próximos sete dias, a previsão é de uma precipitação de 3mm, valores considerados insignificantes para a bacia.
A reunião é promovida pela Agência Nacional de Águas (ANA), em Brasília (DF), e transmitida por videoconferência para os estados da bacia e acontece quinzenalmente. Participam das discussões, os órgãos do poder público relacionados ao tema, universidades, usuários e Ministério Público, entre outros.
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