Realizada entre os dias 01 e 07 de agosto, a Semana Mundial da Amamentação do Hospital Dom Malan/IMIP de Petrolina encerrou com um saldo muito positivo. Através de uma programação extensa e diversificada, que envolveu música, arte, teatro, pintura, oficinas e palestras, a equipe organizadora conseguiu alcançar o objetivo de promover educação popular em saúde.
Tudo foi projetado e produzido por muitas mãos, incluindo a Comissão de Amamentação, o Banco de Leite Materno (Biama), o Grupo de Apoio às Mães de Prematuros (GAMP), equipe multiprofissional, residentes e estudantes da Univasf. "Acho que foi por isso que deu tão certo. Unimos forças e realizamos um belo evento", comemorou a coordenadora médica do Biama, Flávia Guimarães.
O envolvimento efetivo da equipe permitiu a vivência de momentos únicos, como a criação de um cordel escrito pela residente de medicina Milena e recitada pelo interno Arthur Alves; composição de um experimento educativo teatral pelos alunos do 6º período de medicina da Univasf; e a realização de ultrassom natural através da arte da pintura em gestantes.
"Também tivemos o nosso Forró do Peito Livre, jogo de mitos e verdades, palestra com a nutricionista sobre a importância alimentar, econômica e ambiental da amamentação, e uma conversa sobre a importância do parto normal, que foi incluída em nosso roteiro para alcançar as mães do setor de Alto Risco. Como bônus estamos realizando, até o fim do mês, uma campanha de arrecadação de potes de vidro para o Biama com os alunos da Univasf", acrescentou Dra. Flávia.
Para Arthur, que está concluindo o curso de medicina, a Semana de Amamentação 2018 quebrou algumas barreiras. "No Brasil ainda se preserva um modelo de compartilhamento de conhecimentos ainda muito hierarquizado. Então, acredito que quando realizamos ações como essa o cuidado em saúde é muito melhor efetivado. A gente sabe que funcionou quando a gente vê o sorriso no rosto das mães, quando elas interagem e fazem perguntas que muitas vezes não são feitas em uma consulta, talvez pela falta de tempo ou porque elas não se sentem à vontade, e isso não tem preço", acredita.
Quem confirma a opinião do interno, é Tâmara Charlene, funcionária do HDM, gestante de 3 meses. "Fiz questão de participar da Semana para esclarecer minhas dúvidas e posso dizer que foi maravilhoso", garantiu. No encerramento, Dra. Flávia agradeceu: "Foi uma semana intensa e muito gratificante. Esperamos que o legado fique e que tenhamos mais experiências bem sucedidas de promoção e apoio ao aleitamento materno, tanto no Dom Malan quanto em outras instituições".
A Política de Aleitamento Materno no Brasil levou um tempo para ser regulamentada pelo Estado. O grande marco desta causa foi a garantia do afastamento remunerado (licença-maternidade) da mulher por ocasião da gestação e puerpério. Atualmente, o país é referência mundial, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), sendo esta uma das maiores conquistas do Sistema Único de Saúde (SUS).
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