O presidente Michel Temer (MDB) visitou as obras da transposição do rio São Francisco nesta sexta-feira (3) e acionou as bombas da terceira bombeamento do eixo leste, na cidade de Salgueiro, no sertão do estado.
Em um ato para cerca de 150 pessoas, com um público restrito a operários e políticos, Temer afirmou que irá percorrer o país nos últimos meses de seu mandato, que se encerra em 31 dezembro."Quando saio da minha sala e venho para cá, eu me engrandeço, me fortaleço. A gente vê o que é o Brasil e suas potencialidades", afirmou
Temer em um discurso que durou cinco minutos. Em seu discurso, Temer afirmou que, quando assumiu o governo, as obras da transposição estavam paralisadas e coube a sua gestão retomar os trabalhos no eixo leste e no eixo norte. "Tive o prazer de acionar as bombas no eixo leste e ver a água chegar na Paraíba. É uma emoção extraordinária acionar aquele botão e ver aquela enxurrada, aquela enchente de água aqui no Nordeste do país", afirmou.
O presidente prometeu a conclusão das obras da transposição até o final deste ano, quando deverá ser finalizado o eixo norte que levará água para o Ceará. Temer desembarcou às 11h em Salgueiro, onde ficou cerca de 40 minutos. Percorreu trechos dos canais e acionou o novo conjunto de bombas do eixo leste.
O evento, realizado em um ponto isolado dos canteiros de obras da transposição, não mobilizou a população local. Nenhum dos governadores nordestinos compareceu ao evento, incluindo o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB).
Ao encerrar o discurso, Temer posou para fotos com operários, que reclamaram de salários atrasados do contrato com o consórcio Emsa, que abandonou este trecho da obra em abril e teve o contrato rescindido em maio deste ano. Outra parte dos operários, desmobilizados há cerca de quatro meses, protestava nas margens de uma rodovia federal na entrada de Salgueiro.
Operários protestaram em Salgueiro durante visita do presidente Michel Temer a obras da transposição do rio São Francisco. Ao todo, 1.936 operários que atuaram neste trecho da obra receberam apenas um terço dos salários previstos para a empreitada.
Do interior pernambucano, Temer seguiu para Parnaíba (PI), onde visitaria as obras do perímetro irrigado Tabuleiros Litorâneos. A obra foi apontada nas delações da construtora Odebrecht como suposta fonte de propinas para Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves, ambos ex-ministros de Temer.
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