O ritmo lento do berimbau dita um jogo que ainda é marcado pela desigualdade de gênero. Na roda da capoeira, a arte que se desenrola ao som de música e sob movimentos de luta e dança revela os mesmos desafios que as mulheres enfrentam em outros espaços da sociedade.
No Brasil, estima-se que 35% dos praticantes de capoeira são mulheres. O número daquelas que chegam à condição de mestras, no entanto, ainda é muito reduzido quando se considera a capoeira de angola, tipo mais tradicional. Mesmo presentes, elas ainda enfrentam preconceito e outros tipos de violação.
No Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, lembrado neste dia (25), especialistas avaliam que a capoeira pode servir como estímulo ao resgate da identidade racial de mulheres. Entretanto, a prática tem sido descaracterizada ao longo dos anos e afastado a presença feminina, principalmente, negra.
Desde 2014, a roda de capoeira é reconhecida como patrimônio cultural imaterial da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Em 2008, a prática recebeu o título de Patrimônio Cultural Brasileiro.
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