Debater a manutenção de grupos artísticos é o foco do projeto Tricotando, que chega a sua sétima edição em 2018. Esse ano, a programação acontece nesta terça-feira (24), no Centro de Cultura João Gilberto. As atividades começam às 19h, contando com apresentações dos grupos e um bate-papo entre artistas.
Trazendo como eixo de discussão a frase "Um dia de leão por século de cordeiro", essa edição do encontro de grupos busca refletir sobre a falta de estabilidade dos projetos culturais que dependem de editais. "Percebemos que os grupos estão em uma boa fase, com projetos financiados por editais. Mas, é uma fase? Isso nos faz refletir sobre uma questão, o que vai acontecer com a manutenção dos coletivos após o projeto? Precisamos traçar estratégias para aproveitar ao máximo essa chuva de alegrias como semeadora para os próximos anos. Queremos nos reunir para pensar juntos", argumenta Adriano Alves, coordenador do projeto.
O projeto que é realizado de forma independente anualmente pelo Coletivo Trippé conta com a parceria do Núcleo de Estudos em Dança (NED) e da Cia. Balançarte para esse ano. O núcleo abre a programação com uma intervenção de dança resultante de uma oficina que tiveram com o coreógrafo Bruno de Jesus (Salvador-BA) e a companhia apresenta a cena "Os (...)" com a atriz-bailarina Fernanda Luz. "Esses grupos que estão aqui do nosso lado são irmãos, o que tem possibilitado a continuidade do projeto todos esses anos, de forma parceira, já que desde a segunda edição estamos realizando sem incentivo direto", comenta Adriano.
A noite ainda conta com a apresentação do espetáculo "Janelas Para Navegar Mundos" do Coletivo Trippé, ação que faz parte de seu projeto de manutenção "Trippé Enraizando", que foi aprovado no Edital Setorial de Apoio a Grupos e Coletivo Culturais 2016 do Fundo de Cultura da Bahia. Encerrando as atividades, os participantes se reúnem no bate-papo "Os editais como assistências temporárias e seus desdobramentos".
O Tricotando é uma realização do Coletivo Trippé com colaboração da PIPA Produções e conta com o apoio da CT Produções, da Abajur Soluções Audiovisuais e da Agência Virabólica de Comunicação. O projeto tem apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda, Fundação Cultural do Estado da Bahia e Secretaria de Cultura da Bahia.
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