O quarto Levantamento Rápido de Índice de Infestação para o Aedes aegypti (LIRAa) do ano foi realizado em Petrolina na primeira semana de julho. Através da coleta de amostras e vistorias feitas entre os dias 3 e 7 do mês, os Agentes de Combate às Endemias realizaram a pesquisa em todos os bairros da cidade.
Após a consolidação dos dados, a Secretaria de Saúde divulga um sinal de alerta: Petrolina apresenta índice de 1,8 %, que coloca a cidade em situação de médio risco de infestação para os agravos causados pelo Aedes aegypti. O LIRAa, realizado a cada dois meses, serve como instrumento de monitoramento para os locais com maiores infestações dos ovos e larvas do mosquito.
A gerente de Endemias, Rânmilla Castro, explica que o principal motivo para o índice de médio risco é a falta de atenção da população com recipientes que acumulam água, dentro das próprias casas. "Quando os agentes fazem as visitas para o levantamento de infestação, percebem que o grande problema são os focos nas casas das pessoas. Até mesmo a gaveta que fica atrás da geladeira pode ser um foco, pois os ovos do mosquito resistem 400 dias sem água. O cuidado com o mosquito não pode parar, tem que ser feito no mínimo, semanalmente", explica.
Rânmilla destaca ainda a importância de procurar uma unidade de saúde quando a pessoa está com sintomas de dengue, por exemplo. "Ir ao médico é importante, pois se há a confirmação e a notificação do caso de uma das arboviroses, os agentes vão ao local e fazem o bloqueio do vetor, diminuindo a possibilidade do mosquito fazer novas vítimas", informa.
Diariamente, os agentes de combate às endemias realizam visitas nos bairros à procura de focos do Aedes, fazem trabalhos educativos e atendem denúncias. "Fazemos o trabalho focal na cidade e vistoriamos locais que podem ser propícios para a proliferação do mosquito. Infelizmente não são todos os estabelecimentos onde podemos entrar, principalmente , quando o mesmo está trancado e sem ninguém. Então, temos que contar com a parceria da população de forma massiva, pois, sozinhos, não conseguimos erradicar o Aedes", esclarece Rânmilla.
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