Após ter executado o Projeto Piloto no Território de Identidade Sertão do São Francisco em 2017 e início deste ano, os Territórios Piemonte Norte de Itapicuru e Piemonte da Diamantina agora também irão contar com ações do Projeto "Jovens Comunicadores", uma iniciativa que integra o Projeto Pró Semiárido, executado pelo Governo da Bahia, através da Secretaria de Desenvolvimento Rural – SDR, a partir do trabalho da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional – Car, contando com recursos do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola – Fida.
Toda a dinâmica do projeto foi apresentada no último dia 13, na cidade de Senhor do Bonfim, e no dia 17, na cidade de Jacobina, locais onde estão situados os escritórios do Projeto Pró Semiárido nesses territórios. Lideranças comunitárias e representantes de entidades públicas e da sociedade civil dos territórios tiveram a oportunidade de conhecer as ações do Projeto Jovens Comunicadores, que no momento já conta com seis turmas distribuídas nos municípios de Juazeiro, Remanso e Uauá, no Sertão do São Francisco e agora amplia para mais de 20 na região de Senhor do Bonfim e Jacobina.
Nas reuniões de apresentação do projeto, a assessora de comunicação do Pró-Semiárido, Emília Mazzei, além de detalhar como o projeto vai envolver as/os jovens dos municípios e comunidades na prática de uma comunicação voltada para o exercício da cidadania, ouviu também propostas e sugestões das lideranças presentes no encontro. Emília destacou a importância das entidades parceiras do projeto, destacando como exemplo dessa parceria a experiência do "Carrapicho Virtual", jovens da região do Salitre, interior de Juazeiro, que são uma das turmas contempladas com as atividades do Projeto Jovens Comunicadores.
Após a exposição e debates, as lideranças demonstraram muita expectativa com o projeto, que promete movimentar não somente a juventude por meio da comunicação, como também as comunidades e instituições. Luna Layse Almeida, comunicadora da Cofaspi, ver o projeto como uma possibilidade de fortalecer os coletivos de jovens, a partir do debate político social sobre cidadania e comunicação. "Refletir sobre os processos que acontecem na comunidade, refletir sobre as nossas identidades, como elas são construídas, uma forma da gente garantir a articulação e mobilização dos coletivos nessas comunidades", é a expectativa da jornalista.
A ação tem início com a mobilização dos/das jovens para participarem de oficinas de formação em direito à comunicação, fotografia, produção de textos, cordel e outras linguagens de comunicação e cultura. Outra ação é a promoção de intercâmbios, onde as turmas viajam para conhecer experiências de comunicação contrahegemônica desenvolvida em outras regiões, preparando-se também para vivenciar intercâmbios entre as turmas do projeto e ao final construir uma Rede de Comunicação Popular protagonizada pela juventude dos 32 municípios baianos onde o Pró Semiárido é executado.
A distribuição de materiais como cartilhas elaboradas pela coordenação do projeto e parceiros, bem como livros que tratam da história local também faz parte da proposta de formação com vistas a promover o incentivo à leitura.
"Não tem como a gente chegar numa comunidade e não falar sobre as realidades que estão ali, eu acredito que essa proposta de comunicação do Pró-Semiárido vai incentivar também as discussões sobre as questões que envolvem a agroecologia, a Convivência com o Semiárido, falar sobre alimentação saudável, tudo que envolve os temas da comunidade", espera Luna, que irá acompanhar as turmas indicadas pela Cofaspi, uma das entidades da sociedade civil que executa o Pró Semiárido.
No Território Piemonte da Diamantina, além da Cofaspi, o projeto conta com a parceria da APPJ e Coopeser. Já no Território Norte de Itapicuru as parceiras são com a Cactus, Idesa e Irpaa. No Sertão do São Francisco, desde o ano passado já vem sendo realizado em conjunto com o Sasop, Coopercuc e também com o Irpaa. Todas essas são entidades que já executam o Pró Semiárido nos respectivos territórios.
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