Epidemia do vírus da zika e crise econômica. Essas foram as principais causas para o aumento da taxa de mortalidade infantil no Brasil em 2016, e a tendência é de que o índice de 2017 também se mantenha acima do registrado em 2015. De acordo com dados do Ministério da Saúde, desde 1990 o país apresentava redução anual média de 4,9% da taxa de mortalidade. As informações foram publicadas na edição desta segunda-feira (16) do jornal Folha de S. Paulo.
Ainda segundo levantamento do Ministério da Saúde, a epidemia do vírus da zika foi responsável pela queda de nascimentos (o que traz impacto no cálculo da taxa de mortalidade) e de mortes de bebês por malformações graves. Já a crise estaria associada às mortes infantis evitáveis, causadas por diarreias e pneumonias, que são influenciadas pela perda de renda das famílias, estagnação de programas sociais e cortes na saúde pública.
A taxa de mortalidade de 2016 ficou em 14 óbitos infantis a cada mil nascimentos, um aumento próximo de 5% sobre o ano anterior, retomando índices similares aos dos anos 2014 e 2013. Para 2017, a previsão no Brasil é que a taxa fique, no mínimo, em 13,6 (contra 13,3 de 2015), mas os números oficiais ainda não estão fechados.
A taxa de mortalidade infantil considera o número de mortos até um ano a cada mil nascidos vivos. Monitora-se ainda a taxa chamada de mortalidade na infância, que considera o número de crianças de até cinco anos mortas a cada mil nascidos vivos.
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