Ainda sobre o episódio que o deputado federal José Carlos Aleluia (Democratas-BA) apresentou nesta terça-feira (03/07) uma Ação Popular no Tribunal de Justiça da Bahia e representação aos Ministérios Públicos Federal e Estadual denunciando o prefeito de Juazeiro, Paulo Bonfim (PCdoB), por crime de responsabilidade acusando o gestor de dissimular a doação de um patrimônio público da cidade avaliado em R$ 1.200.000 (Um milhão e duzentos mil reais) como forma de diminuir um rombo milionário iniciado ainda na gestão do ex-prefeito Isaac Carvalho (PCdoB) junto ao Instituto de Previdência dos Servidores Juazeiro. O IPJ emitiu a seguinte nota de esclarecimento:
Estabelecer um diálogo com um interlocutor que não sabe sobre o que está falando é difícil, talvez impossível. Tratar de um assunto técnico especializado com um leigo, também não é tarefa das mais fáceis. E se este interlocutor estiver agindo de má-fé e com o claro objetivo de confundir os leitores, então é melhor esclarecer eventuais dúvidas do público leitor e ignorar a fala descontextualizada de um ignorante.
Nos últimos dias foi veiculado em alguns órgãos da imprensa baiana a informação de que um deputado quase desconhecido na cidade de Juazeiro teria encaminhado uma denúncia aos órgãos de controle dando notícia de que o atual Prefeito de Juazeiro, Paulo Bomfim, teria utilizado bem público para adimplir uma suposta dívida pessoal do ex-gestor Isaac Carvalho.
Esta leviandade é fruto da ignorância do parlamentar, da falta de cuidado em buscar se informar sobre aquilo que está falando e, por que não dizer, de simples má-fé.
O ponto de partida para a denúncia foi a transferência de um imóvel pertencente à Prefeitura Municipal, ao Instituto de Previdência de Juazeiro – IPJ, com a finalidade de permitir a construção de sua sede própria, visto que hoje a autarquia municipal funciona em imóvel alugado.
Segundo foi veiculado na imprensa regional, a transferência do bem cujo valor venal seria de R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais) teria por objetivo “diminuir um rombo bilionário” causado pela Prefeitura Municipal de Juazeiro nas contas do IPJ.
Ao afirmar isso, o parlamentar demonstra não ter conhecimento algum sobre o funcionamento dos regimes próprios de previdência social, demonstrando a sua ignorância e falta de qualificação técnica para tratar de um assunto tão complexo.
Aqui vale destacar que o IPJ, criado em 2011, mantém hoje em aplicações bancárias mais de R$ 130.000.000,00 (cento e trinta milhões de reais), valor que corresponde a mais de dez vezes o valor das disponibilidades financeiras da capital do Estado, administrada por correligionários do deputado.
Ou seja, não existe rombo algum, pelo contrário, a atuação séria e comprometida dos gestores municipais permitiu que o IPJ acumulasse um patrimônio considerável e muito superior aos compromissos atuais do Sistema Municipal de Previdência. Por isso, hoje, o IPJ apresenta-se financeiramente equilibrado visto que as receitas mensais do regime são sempre superiores às suas despesas.
Contudo, ainda assim, para assegurar a manutenção do equilíbrio atuarial, o atual gestor, assim como o seu antecessor, anualmente determinam a realização de uma avaliação atuarial cujo objetivo é projetar as receitas e despesas do regime de previdência pelos próximos 76 anos, prazo estipulado pelo Ministério da Fazenda.
Estas projeções tem a finalidade de identificar com antecedência de décadas qualquer desequilíbrio nas contas previdenciárias, pois, somente desta forma, será possível adotar medidas saneadoras capazes de equacionar o “déficit atuarial”, sendo que, dentre as principais medidas, podemos citar a redução dos custos administrativos, a capitalização do regime mediante o aporte de recursos financeiros e a transferência de bens para o regime de previdência.
Por esta razão, sabendo que o IPJ vem realizando despesas com o pagamento de aluguel de sua sede, a administração decidiu transferir ao Instituto um imóvel para construção de uma sede própria.
Ao fazer isso, ao mesmo tempo em que pretende reduzir os custos de manutenção da Autarquia Previdenciária, a administração transferiu para o patrimônio do IPJ um bem imóvel cujo valor venal foi estipulado em R$ 1.200.000,00 e que agora integrará o ativo do regime quando da realização das futuras avaliações atuariais.
Por fim, é importante destacar que a legislação vigente impede o pagamento de dívidas previdenciárias através cessão de imóveis. Diante do exposto, a Diretoria Executiva do Instituto de Previdência de Juazeiro vem a público para informar aos servidores municipais ativos e inativos, aos pensionistas e demais dependentes de servidores e à população em geral que a transferência de propriedade de um imóvel pertencente à Prefeitura Municipal para o Instituto de Previdência de Juazeiro não teve o objetivo de amortizar dívida contraída pelo ex-prefeito Isaac Carvalho e nem pelo prefeito Paulo Bomfim.
Diretoria do Instituto de Previdência de Juazeiro
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