O Ministério da Saúde divulgou no último final de semana um alerta: todas as localidades do país com cobertura vacinal abaixo de 95% contra poliomielite, ou 'paralisia infantil', estão sob ameaça de surto da doença. Em Petrolina, entre os meses de janeiro e maio de 2018, a cobertura vacinal de poliomielite foi de 74,30%, portanto, a Prefeitura de destaca que é importante que os pais procurem atualizar a caderneta de vacinação das crianças.
Apesar do Brasil não registrar a doença infectocontagiosa viral aguda há 28 anos, a ausência das crianças nos postos de vacinação tem aumentado o risco de novos casos. "A conscientização dos pais sobre a importância da imunização, na verdade, sobre a obrigação de vacinar os filhos, não só contra a pólio, mas com as vacinas de rotina é o ponto chave para não deixarmos doenças como essa voltarem ao país", destaca Ângela Maria, coordenadora do Programa Municipal de Imunização de Petrolina.
De acordo com a Secretaria de Saúde de Petrolina, o Ministério da Saúde enviou uma nota técnica informando que a campanha de vacinação contra a pólio, que nos últimos dois anos aconteceram em setembro, acontecerá de 6 a 31 de agosto. "A vacina contra a poliomielite deve ser administrada aos 2, 4 e 6 meses de vida, com um reforço aos 15 meses e o outro entre 4 e 6 anos de idade. Também é necessário vacinar-se em todas as campanhas anuais. A imunização é disponibilizada pelo SUS em todas as unidades de saúde", explica Ângela.
Causada por um vírus que vive no intestino, o poliovírus, a poliomelite geralmente atinge crianças com menos de 4 anos, mas também pode contaminar adultos.
A maior parte das infecções apresenta poucos sintomas e há semelhanças com as infecções respiratórias com febre e dor de garganta, além de sintomas gastrointestinais tais como, náusea, vômito e prisão de ventre.
Cerca de 1% dos infectados pelo vírus pode desenvolver a forma paralítica da doença, que pode causar sequelas permanentes, insuficiência respiratória e, em alguns casos, levar à morte. A poliomielite não tem tratamento específico. A transmissão pode ocorrer de uma pessoa infectada para outra por meio de saliva e fezes, assim como água e alimentos contaminados.
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