Conhecida no segmento da moda, a Cavalera foi criada em 1995 por Alberto Hiar, ex-deputado estadual pelo PSDB conhecido como Turco Loco, e Igor Cavalera, ex-baterista da banda de metal Sepultura. Concebida por um político e um músico, que deixam claros seus pontos de vista nos palcos e nos palanques, a marca se notabilizou pelo seu discurso irônico acerca da sociedade.
Famosa também por mesclar temas reais com referências da cultura pop, a companhia manteve seu posicionamento de décadas e lançou uma camiseta em que apresenta o presidenciável Jair Bolsonaro caracterizado de palhaço. Para referenciar o político ao ícone Bozo da TV, a empresa fez um trocadilho e chamou o modelo de “BOZONARO”.
A partir daí, o picadeiro estava armado e o produto disponibilizado nas lojas ao preço de R$ 159,90 se esgotou ao mesmo tempo em que as reações se intensificaram. Enquanto algumas pessoas apoiam a ideia, outros, partidários do ex-militar, se revoltam e postam nas redes sua insatisfação.
Para se ter uma ideia, o descontentamento para alguns foi tão grande, que um dos que se sentiram ultrajados chegou até a ir na unidade do Shopping Morumbi e gravar um vídeo denunciando a coleção. Confira abaixo a postagem:
Procurada, a marca disse que a novidade faria parte uma série limitada que satiriza pessoas públicas. Até o momento, ela não informou quais outras personalidades seriam “homenageadas” pela empresa.
Confira abaixo a nota oficial da Cavalera em que ela descontínua a linha e se pronuncia sobre todo o ocorrido:
"A Cavalera, em seus mais de 20 anos de história, é reconhecida por trilhar um caminho que propõe discussões e pensamentos à sociedade brasileira. Desde seus desfiles em espaços públicos – quando isso ainda não era moda –, até caminhar pelas margens do Rio Tietê, a marca sempre trouxe em suas coleções charges de esquerda, direita, meio, em cima, embaixo.
A camiseta que virou notícia nos últimos dias trazia uma sátira de Jair Bolsonaro e dava início a uma série limitada de t-shirts que traria críticas a pessoas públicas. Mas, o Brasil não está totalmente preparado para essa tal liberdade de expressão."
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