O pré-candidato do PSOL à Presidência Guilherme Boulos defendeu uma “reforma política profunda que tire as raposas do galinheiro” para combater a corrupção no Brasil. Boulos participou via telefone, na manhã desta quinta-feira (28), do Programa da Rádio Jornal, em Petrolina.
Questionados sobre a corrupção nos governos do PT no caso do petrolão, Boulos citou casos do governo anterior, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), quando foi aprovada a emenda que permitiu a reeleição por suposta compra de votos do Congresso, e destacou a corrupção sistêmica na política do País.
“No sistema político brasileiro lamentavelmente há uma promiscuidade entre o público e privado. O grande poder econômico se apropriou do público, seja por corrupção, seja por privilégios. E por isso precisamos de uma reforma política profunda”, defendeu o pré-candidato.
“Quem financiou compra de votos para a reeleição no governo FHC em 1998?”, questionou.
“O sistema político brasileiro é um sistema que está marcado por uma estrutura de apropriação do público e privado. Combater a corrupção, a gente faz com uma reforma política profunda que tire as raposas do galinheiro”, afirmou Boulos.
Para Boulos, “não há evidencias e provas no processo do Lula”. O pré-candidato, que recebeu apoio de Lula em palanque no dia da prisão do ex-presidente, entende que o petista “foi preso com interesses claros de setores do Judiciário de retirá-lo do processo eleitoral do tapetão”. “A nossa defesa é do direito de Lula ser candidato como uma questão democrática”, declarou.
Boulos entende que “o Judiciário se veste de partido político”. “Juiz não pode fazer política, tem que cumprir seu papel de maneira isenta”, disse.
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