Os números não mentem. Ponto. Com quatro jogos fora de casa, pelo Brasileiro da Série C, nenhum gol marcado e um saldo negativo de oito, a Juazeirense mostra que tem um problema sério a resolver, já que são os gols que credenciam uma equipe de futebol a avançar em qualquer competição que dispute.
A falta de gols, que já derrubou um treinador, Zaluar, não foi solucionada com a chegada do novo técnico e a escassez não parece estar próxima de ser solucionada, já que o novo comando tem testado diversas composições, sem sucesso. Salatiel, no início da temporada, Toni Galego, Victor Sapo, Rayllan, Jildemar e Sassá já foram testados, mas a bola teima em não entrar.
O problema é de jogador? Não parece, já que alguns dos citados têm bons históricos na função de goleador e já provaram que sabem bater na bola. E então? Será de posicionamento? Condição física? Concentração? Treinamentos específicos? Falta de sorte? Azar? Qualquer uma das respostas acima?
Nas duas últimas partidas, contra Salgueiro e Santa Cruz o time jogou bem, teve domínio territorial dos jogos, mas gol que é bom, nada. Zero. Aliás, zero a um, porque os adversários aproveitam as poucas chances que tem.
Contra o Santa Cruz ficou mais evidente ainda essa deficiência no ataque. Com um jogador a mais desde os 18 do segundo tempo, o time fez tudo certo, defendeu, tabelou, abafou o adversário, calou o Arruda, gelou o Santa, mas não fez. O adjetivo de falta de sorte até caberia, se o histórico anterior não revelasse que o time ainda não aprendeu a fazer gols fora de casa.
A deficiência no principal quesito do futebol pode fazer falta no final da competição, já que o saldo atual no geral é de menos quatro, quesito em que se iguala somente com o Salgueiro. Todos os demais tirariam a vaga do Canção num critério de desempate na tabela de classificação.
Com um time bem arrumado na zaga e meio campo, com elogios velados da crônica esportiva que cobre a competição, com empenho e luta também evidente, a Juazeirense precisa urgentemente resolver essa deficiência de finalização e encontrar o caminho do gol. Contra o Santa Cruz, no último sábado, ficou aparente a falta de um jogador de referência dentro da área, já que os dois atacantes, Sapo e Toni, atuavam mais na criação do que na finalização.
O aproveitamento em bolas paradas é zero. A bom aproveitamento dos zagueiros nos escanteios desapareceu, sem chutes de fora da área não há rebote, sem cruzamentos da linha de fundo não há cabeceio e os gols, pra acontecerem, dependem de tabelas curtas, muita sorte e vacilo da zaga adversária. Só isso não basta, tá provado.
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