Aconteceu na segunda-feira (28), no auditório da loja Maçônica no centro de Juazeiro, a primeira atividade voltada para a capacitação dos profissionais da rede de atenção básica do município voltada ao atendimento e diagnóstico às pessoas com Lúpus. O evento teve como objetivo repassar para médicos, dentistas, enfermeiros, técnicos, auxiliares de enfermagem e agentes comunitários de saúde informações sobre como identificar uma pessoa com Lúpus.
O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES ou apenas Lúpus) é uma doença inflamatória crônica de origem autoimune, cujos sintomas podem surgir em diversos órgãos de forma lenta e progressiva (em meses) ou mais rapidamente (em semanas) e variam com fases de atividade e de remissão. Embora a causa do LES não seja conhecida, sabe-se que fatores genéticos, hormonais e ambientais participam de seu desenvolvimento.
De acordo com a Psicóloga e uma das organizadoras do grupo de atenção a pessoa com Lúpus no Vale do São Francisco Fabiana Bezerra, o evento direcionado aos profissionais da rede de atenção básica é importante porque “eles são os responsáveis pelo primeiro atendimento e também pelo diagnostico. Sabemos que o Lúpus não tem cura, mas com o diagnóstico precoce e o tratamento adequado pode ser controlado”, explicou à psicóloga.
Alguns sintomas podem estar ligados ao Lúpus, como: cansaço, desânimo, febre baixa (raramente pode ser alta), queda de cabelo e perda de apetite, inflamações nas articulações (juntas), rins, nervos, cérebro, e membranas que recobrem o coração e pulmão, inchaço nos gânglios (ínguas) que geralmente é acompanhado por febre. Podem aparecer manchas no corpo e no rosto em formato de asa de borboleta.
Sobre os sintomas relacionados à pele, a Dermatologista Pauliane Sampaio falou aos profissionais sobre as fases e como identificar. “O lúpus pode acometer somente a pele como também outros órgãos sistêmicos e é importante que os profissionais da rede de atenção básica do município tenham conhecimento na hora de atender aos pacientes. O diagnóstico tem que ser feito inicialmente por eles, isso para que não deixem passar nenhum caso de Lúpus”, explicou a dermatologista.
“Identificar o Lúpus significa dar vida novamente à pessoa e com a família para estar presente e apoiar o tratamento ajuda o tratamento ao paciente. Estamos abertos a novas capacitações bem como a auxiliar no diagnóstico e tratamento”, pontuou a agente comunitária de saúde Rosângela de Souza Peixinho.
Para a Superintendente de Gestão de Pessoas da Secretaria Municipal de Saúde, Lorena Pesqueira o município está atento às atividades buscando sempre a capacitação dos profissionais para atender cada dia melhor e com qualidade à população. “Realizamos esse treinamento com os profissionais da rede de atenção básica trazendo para a nossa comunidade assistida, um maior conhecimento sobre o assunto, maior assistência. O grupo de atenção à pessoa com lúpus iniciou há cinco anos esses treinamentos e estamos felizes em estarmos juntos melhorando os conhecimentos profissionais e atendendo estas pessoas”, explicou.
© Copyright RedeGN. 2009 - 2024. Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do autor.