O clima continua tenso no Projeto de Irrigação Pontal no município de Petrolina. Famílias de agricultores voltaram a ocupar os lotes domingo (27) e ontem pela manha o dirigente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra-MST, Florivaldo Araújo, disse que "vão iniciar a plantação visto que tudo foi derrubado".
.A ocupação de acordo com os agricultores é uma resposta contra a lista que consta o nome da esposa do prefeito Miguel Coelho e de parentes de vereadores de Petrolina e empresários. O nome dos participantes classificados na primeira fase do edital 35/2017 constam na lista da Codevasf. A família da esposa do prefeito Miguel Coelho já enviou uma nota a imprensa e desistiu de continuar na concorrência do edital.
O dirigente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra-MST, Florisvaldo Araújo, declarou a este blog que, que "a reocupação do pontal tem vários objetivos, entre eles, a garantia de que essa terra com mais de 30 mil hectares possa servir para produção de alimentos produzidos pelos trabalhadores e trabalhadoras sem terra do Vale do São Francisco". "A reocupação é também para retomar o debate do Pontal e impedir que a terra seja entregue de mão de quem não precisa", avaliou Florisvaldo.
No início desse mês, as Polícias Federal, Rodoviária Federal e Militar cumpriram dois mandados de reintegração de posse do Projeto Pontal. De acordo com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), que moveu a ação judicial, famílias do Movimento Sem-Terra (MST) ocupavam o local ilegalmente, desde 2014, onde montaram dois acampamentos, o Dom Tomás e o Democracia.
Segundo a Codevasf, os integrantes do MST, utilizavam água e energia, captadas irregularmente do canal de irrigação, sem pagar pelo serviço. A justiça tinha determinado que as famílias desocupassem os locais até dia 28 de fevereiro deste ano, o que não aconteceu. A assessoria de imprensa da Codevasf até o momento não se manifestou sobre a reocupação das terras.
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