No próximo dia 28 de abril será comemorado o Dia Nacional da Caatinga, celebrado anualmente no Brasil. Esta data foi criada com o intuito de não apenas homenagear este bioma único, mas também conscientizar as pessoas sobre a importância da sua conservação para o equilíbrio ambiental.
Em Juazeiro, Bahia, a Fazenda Barão, localizada a aproximadamente 70 km do município, dá um exemplo positivo de reflorestamento no semiárido. Mais do que comemorar, o dia da Caatinga na Fazenda é "trabalhado todos os dias, o intuito de conscientizar sobre a importância da conservação do bioma para o equilíbrio ambiental".
A proposta é do engenheiro sanitarista e civil, o proprietário da fazenda, Cesar Augusto Gomes dos Santos. Ele explica que aliou o amor que seu pai, Bartolomeu Venâncio (in memória) tinha pela fazenda e então "nasceu naturalmente o desejo de continuidade e zelo para garantir e conservar cada vez mais a qualidade de vida." De acordo com Cesar, as mudas de umbuzeiros serão plantadas em ações de reflorestamento da fazenda.
"A meta é garantir a qualidade do meio ambiente. Temos mudas de espécies nativas da caatinga além do umbuzeiro, também, brevemente a umburana", relata Cesar. "Atualmente estamos festejando o verde. Mas não podemos esquecer a necessidade de saber conviver com a seca. A proposta efetiva é ter a fazenda contribuindo na recuperação de áreas degradadas no semiárido, diminuindo o avanço da desertificação no estado e no Brasil".
O Dia Nacional da Caatinga, instituído por Decreto Presidencial em 20 de agosto de 2003, é celebrado todos os anos em 28 de abril. Único bioma exclusivamente brasileiro, a Caatinga ocupa cerca de 844,4 mil quilômetros quadrados - o equivalente a 11% do território nacional – e engloba os estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e o norte de Minas Gerais.
O bioma abriga 178 espécies de mamíferos, 591 de aves, 177 de répteis, 79 espécies de anfíbios, 241 de peixes e 221 abelhas. Cerca de 27 milhões de pessoas vivem na região, a maioria carente e dependente de seus recursos para sobreviver.
A sua biodiversidade ampara diversas atividades econômicas voltadas para fins agrosilvopastoris e industriais, especialmente nos ramos farmacêutico, de cosméticos, químico e de alimentos.
Apesar da sua importância, o bioma tem sido desmatado de forma acelerada, principalmente nos últimos anos, devido principalmente ao consumo de lenha nativa, explorada de forma ilegal e insustentável, para fins domésticos e indústrias, ao sobrepastoreio e a conversão para pastagens e agricultura.
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