Após os Estados Unidos, França e Reino Unido bombardearem a Síria na noite de sexta-feira (13), diversos líderes e organizações mundiais reagiram neste sábado (14) contra e a favor a polêmica decisão.
Síria - Durante telefonema ao presidente iraniano Hassan Rouhani, o líder sírio Bashar al-Assad, disse que um ataque comandado pelo governo de Donald Trump aumentará a determinação da Síria de "combater e acabar com o terrorismo em cada centímetro" do país.
"Esta agressão apenas reforça a determinação da Síria de seguir lutando e esmagando o terrorismo", afirmou Assad ao iraniano durante telefonema.
Rússia - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, condenou o ataque feito pelos EUA, França e Reino Unido contra a Síria e afirmou que as ações da administração Trump pioraram a catástrofe humanitária e não passam de uma violação do direito internacional.
Com as suas ações, eles levam sofrimento para a população civil, e de fato, toleram os terroristas que torturam há sete anos o povo sírio", disse Putin em comunicado.
Além disso, o líder russo chamou a ofensiva de "um ato de agressão" contra um Estado soberano que está combatendo o terrorismo em seu território. As informações foram divulgadas pela agência russa "Tass".
De acordo com o embaixador russo nos Estados Unidos, Anatoli Antonov, os ataques são um "insulto" a Putin e garantiu que "tais ações não ficarão sem consequências".
Irã - O guia supremo do país, aiatolá Ali Khamenei, afirmou neste sábado que o ataque contra a Síria é "um crime" e ressaltou que os presidentes Trump e Emmanuel Macron e a primeira-ministra britânica, Theresa May, são "criminosos" e "não vão conseguir nenhum benefício".
Israel - O ministro de Israel, Yoav Gallant, que faz parte do gabinete de segurança do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, afirmou que o ataque é "um sinal importante para o eixo do mal: Irã, Síria e Hezbollah".
"O uso de armas químicas passou uma linha vermelha que a humanidade não pode tolerar mais", escreveu em seu perfil no Twitter.
China - A China expressou sua oposição e disse ser "firmente contra o uso da forças nas relações internacionais" e fez um apelo às partes envolvidas que retornem ao "marco do direito internacional". Segundo o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Hua Chunying, o governo pede o lançamento de uma "investigação imparcial" para esclarecer o suposto ataque químico a Douma.
Alemanha - A chanceler alemã, Angela Merkel, demonstrou seu apoio aos aliados norte-americanos, britânicos e franceses por "assumirem suas responsabilidades".
Turquia - O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que a ofensiva é "apropriada", porque o ataque químico na Síria foi "desumano". "Uma reação apropriada que expressa a consciência de toda a humanidade em relação ao ataque de Douma", disse o ministério das Relações Exteriores.
ONU - O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu aos Estados membros que "demonstrem moderação nestas circunstâncias perigosas e que evitem qualquer ação que possa provocar uma escalada da situação e piorar o sofrimento dos sírios".
Anistia Internacional - A Anistia Internacional (AI) lamentou a ofensiva dizendo que a "população síria já sofreu seis anos de ataques devastadores, incluindo ataques químicos, muitos deles equivalente a crimes de guerra".
Otan - O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, apoiou o ataque feito por Trump, Macron e May, porque vai "reduzir a capacidade do regime de voltar a atacar o povo da Síria com armas químicas".
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