Cerca de 213 municípios serão beneficiados pelo Chamamento Público para Conversão de Multas Ambientais, do Ibama, que possibilita ao autuado ter a multa convertida em prestação de serviços de preservação, melhoria e recuperação ambiental. Nesta primeira seleção pública, os projetos devem ser direcionados para recuperação da vegetação nativa da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco e ações de adaptação à mudança clima por meio da convivência sustentável com a semiaridez na Bacia do Rio Parnaíba.
O Ibama tem, atualmente, um passivo de R$ 38 bilhões em multas e, segundo a presidente do órgão, Suely Araújo, neste primeiro momento existe potencial de conversão de R$ 4,6 bilhões desse total. "É importante chamar atenção e explicar que esses recursos, em hora nenhuma, entra no caixa público. O Ibama aplica, em média, R$ 3,5 bilhões de multas por ano. Dois bilhões só na Amazônia. Historicamente, apenas 5% desse valor é pago. E quando é pago, 20% vai para o Fundo Nacional de Meio Ambiente e o restante vai para o Tesouro. Nós tínhamos situações que esses recursos não eram direcionados para projetos ambientais. E agora, com a conversão regulamentada, temos a certeza de que isso irá acontecer", informou.
"A conversão não significa o perdão das multas. O infrator tem a obrigação de reparar o dano. Não há perdão. Há o cumprimento da relação administrativa que foi criada", explicou o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho.
A presidente do Ibama informou, ainda, que, por diretriz do Ministério do Meio Ambiente, 100% dos dados da Conversão de Multas estarão disponíveis na internet. "Não tem nada sigiloso. Tudo estará disponível no site do Ibama e essas informações serão públicas, tanto para controle do Ministério Público, quanto de toda a sociedade.
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