O 19 de março é celebrado com esperança em todo o Sertão nordestino. Neste dia, a fé por São José se renova na forma de orações e pedidos de chuva. Reza a tradição que, se chover na data, a colheita será farta. Apesar da estiagem em quase toda a região, o sertanejo segue inabalável e investe na plantação.
A crença sertaneja de que a chuva no dia de São José é um prenúncio de bom inverno está diretamente ligada a um fenômeno meteorológico. Neste momento do ano, os raios solares estão mais próximos da Linha do Equador, atingindo o Nordeste com maior intensidade, o equinócio, fenômeno astronômico que leva dia e noite a terem a mesma duração, ocorre entre os dias 19 e 21 de março. Neste ano, a previsão de chuvas está dentro da normalidade, com água suficiente para a lavoura.
São José também é padroeiro de outras cidades sertanejas - Bodocó, Custódia, Dormentes, Ingazeira, São José do Belmonte e São José do Egito. No Agreste, compõem a lista Angelim, Bezerros, Brejo da Madre de Deus, Capoeiras, Feira Nova, Frei Miguelinho, Surubim, Venturosa e Vertentes. Na Zona da Mata, as cidades de Água Preta, Amaraji, Chã Grande, Joaquim Nabuco, Rio Formoso, São José da Coroa Grande e Carpina têm o santo como protetor.
Foi o papa Pio IX quem nomeou São José padroeiro universal da Igreja em 8 de dezembro de 1870. Sucessivos pontífices instituíram o 1º de maio como de homenagem, graças ao seu ofício de artesão. Também foi escolhido como padroeiro da boa morte. Muito antes, no século 9, o escritor irlandês Felire de Oengus já celebrava o santo. Em 1479, a festa de São José passou a aparecer no calendário romano em 19 de março.
A devoção também foi encabeçada por São Francisco de Assis e Santa Teresa d’Ávila. Em 1889, o papa Leão XIII o elevou como próximo da Virgem Maria e o papa Bento XV o declarou patrono da justiça social. Segundo as escrituras, José teve Maria por esposa, da qual, por virtude do Espírito Santo, nasceu Jesus. "Decobriu que Maria estava grávida e aceitou, mesmo sabendo que o filho não era dele. Não a denunciou e a acolheu. Foi um homem humilde e extremamente humano. Cuidou de Jesus como se fosse seu filho", ressaltou padre Lenildo Santana, da Igreja de São José, em Olinda.
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