Todas as atividades do Fórum Social Mundial 2018 foram suspensas na manhã desta quinta-feira (15) para que os participantes estivessem presentes no ato em protesto à morte da vereadora Marielle Franco (PSOL/RJ) assassinada na noite de ontem, no Rio de Janeiro. A marcha percorreu o campus da Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Ondina.
Presente na caminhada, a titular da Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres da Bahia (SPM-BA), Julieta Palmeira, falou da importância em não deixar que o assassinato seja esquecido. "É preciso que a sociedade se mobilize para que fatos como este não se repitam. Mariella era uma mulher, jovem, negra, militante dos direitos humanos e morreu por denunciar a violação desses direitos", disse. No atentado contra a vereadora, morreu também o motorista Anderson Gomes.
Socióloga e feminista, Marielle Franco se dizia "mãe e cria" da favela da Maré, no Rio de Janeiro e militava contra as desigualdades sociais e todas as formas de violência. É de autoria da vereadora o artigo "Mulher, negra, favelada e parlamentar: resistir é pleonasmo", publicado no livro "O golpe na perspectiva de gênero", lançado dia 1º de março, em Salvador, na abertura do Março Mulheres, mês dedicado à luta por equidade de gênero.
O livro, lançado pela UFBA, foi organizado pela professora-doutora da Faculdade de Comunicação, Linda Rubim, e pela jornalista Fernanda Argolo. Atos contra a morte da vereadora ocorreram em várias capitais e também em outros países.
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