As palavras estão difíceis
Correram aos esconderijos
Procuro-as por todos os cantos
Nada delas
Busco-as nos subterfúgios das leituras
Nada delas
Em que buraco se meteram
Tão bem escondidinhas de mim?
Tá difícil. Só vestígios. Só pegadas
Meus infinitos neurônios
Em polvorosas, agoniados
Deixaram-me órfão? Viúvo?
Quanto mais caço menos as encontro
Oh, Palavras! Não abandonem seu velho amigo
Eterno amante platônico
Não brinquem, amigas, com sentimento sério
Como explicarei a todos
Que já não as tenho? Não as domino?
Que um fervente namoro findou?
Nem imagino por quais motivos se escafederam
Pior que nunca desisto de vocês
São meus alimentos, minha lucisolidez
Meus mundos: Passado, presente, futuro
Minhas cúmplices de xingamentos, elogios, mentiras, verdades
Em poemas poemeus
Rárárá que prometo:
Onde quer que estejam as encontrarei
Pelos meus sonhos, desejos, amores, dores
“AÍ, AS QUERIDAS VÃO SENTIR O CASTIGO
DE COMO AS FAREI, NOVAMENTE, SOFREREM!!!”
© Copyright RedeGN. 2009 - 2024. Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do autor.