Famílias se unem pelo fim da impunidade em Juazeiro e Petrolina

A manhã deste sábado (04) foi marcada por mais um protesto pelo fim das investigações da morte da menina Beatriz Angélica Mota. O caso, que completará seis meses no próximo dia 10, segue sob sigilo policial. Nenhum suspeito pelo crime foi preso e desde o final de março a Polícia Civil de Pernambuco não se manifesta sobre o caso, o que vem provocando indignação por parte de familiares, amigos e na sociedade do Vale do São Francisco.

A manifestação de hoje contou com o apoio de outras famílias que também sofrem com a falta de uma resposta da polícia. Estavam presentes familiares e amigos do jovem Felipe Kupi, que foi atropelado no ano passado no centro de Juazeiro, e do jovem Alison Dantas, que foi vítima de um ataque, há sete meses em Petrolina, quando acessava o celular em um bairro da cidade.

Os pais da menina Beatriz, emocionados, conversaram com o Blog Geraldo José e pediram mais uma vez por justiça.

“Nós queremos justiça! Justiça! Precisamos de um Ministério Público atuante. A vida da nossa princesa foi retirada de uma forma trágica. Só queremos justiça”, afirmou a mãe Lúcia Mota.

“O nosso transtorno já dura 177 dias. A violência é muito grande, a corrupção é muito grande. Nós só queremos o nosso direito de resposta. Não dá mais para esperar e ficarmos calados”, pontou o pai Sandro Romilton.

Os manifestantes realizaram um grande encontro na Ponte Presidente Dutra e fizeram diversos questionamentos quanto à falta de participação do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, que não estava presente no ato, do Ministério Publico, Polícia Civil e do prefeito de Petrolina Júlio Lossio.

A mãe do jovem Alison, Cláudia Dantas, em entrevista ao Blog Geraldo José, externou o seu pedido de justiça para os crimes que caminham sem um desfecho no Vale do São Francisco. “ As investigações para o caso do meu filho não existem mais. A polícia me pediu para esperar que eles prendam esse monstro que fez isso com meu filho. Mas eles não fazem nada. Ele tem um rosto, tem um nome, a sociedade sabe quem é, mas a polícia não faz nada. Eu me pergunto: E Beatriz? Vamos deixar eles colocarem uma pedra como colocaram em meu filho?”, questionou a mãe de Alison.

Durante toda a manifestação assinaturas foram colhidas para compor um abaixo-assinado que será entregue pelos participantes ao Ministério Público e Polícia Civil como mais uma forma de cobrar justiça para a morte da menina Beatriz.

Da redação Alinne Torres