O ex-superintendente do extinto Ipraj, Antonio Maia Diamantino, o assessor do gabinete do desembargador Paulo Furtado, André Luiz Amado Simões, e um engenheiro tiveram remuneração bruta superior a R$ 50 mil, cada um, na folha de pagamento de fevereiro, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). Com base em documentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), levantamento de A TARDE identificou os nomes de 11 servidores dos 12 maiores salários recebidos naquele mês.
Além dos três já citados, aparecem duas assessoras da desembargadora Lícia Carvalho, uma assistente social, outros três funcionários que pertenceram ao Ipraj e mais três pessoas de setores administrativos da corte. Desde setembro de 2009, o CNJ investiga distorções na folha salarial do TJ-BA. Há uma semana, auditoria do CNJ emitiu parecer pelo fim de adicional de função a 2.346 servidores da Justiça baiana.
O parecer da auditoria do Conselho apontou indícios de favorecimento pessoal no pagamento de adicional, já que o TJ-BA não indicou ainda quais critérios usa para a concessão do benefício. Considerada inconstitucional pela auditoria, a gratificação chega a elevar em até 150% os vencimentos básicos dos servidores agraciados. Mas, como incide em “efeito cascata” sobre outras vantagens, o resultado final eleva ainda mais a remuneração.
É o que acontece com 194 servidores cujos proventos brutos superam o teto estadual de R$ 22 mil, salário de um desembargador. Os 12 maiores salários superam os R$ 30 mil.
Confira os 12 maiores salários
R$ 52.258,16 Engenheiro da Supervisão de Acompanhamento de Obras
R$ 52.179,38 André Luiz Amado Simões, técnico administrativo
R$ 51.264,90 Antonio Maia Diamantino, ex-superintendente/ Ipraj
R$ 41.263,66 Rita de Cássia B. C. Menezes, assessora de desembargadora
R$ 38.401,57 Rosalva C. G. B. Almeida, coordenação de prepostos regionais
R$ 37.548,55 Aloísio A. Garcia, técnico supervisão de direitos e deveres
R$ 34.618,86 Regina Maria de Jesus, supervisão de cadastro e pagamento
R$ 34.203,64 Osvaldo de Araújo Júnior, técnico de supervisão de produção
R$ 33.195,05 Sífise de Fátima Moreira, assessora de desembargadora*
R$ 32.912,80 Jair Antônio Jabar, ex-assessor do Ipraj
R$ 32.412,86 Juraci Magalhães, técnico da gerência de RH
R$ 31.459,68 Angélica G. Lordelo, assistente social
* Valor referente ao salário do mês de fevereiro, mais salário de férias e mais 1/3 do salário
Fonte: Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Flávio Costa e Danile Rebouças A Tarde online
5 comentários
12 de May / 2010 às 18h39
VEJAM TODOS O QUE FAZEM COM O NOSSO DINHEIRO, É ESSE O EXEMPLO DE MORALIDADE QUE DÁ O TRIBUNAL. AGORA, QUEM SÃO ESAS PESSOAS E A QUEM ESTÃO LIGADAS? FALTA MATERIAL DE EXPEDIENTE, FALTA ESPAÇO NOS CARTÓRIOS, FALTAM SERVENTUÁRIOS, FALTAM JUÍZES, FALTA IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE INFORMÁTICA, FALTA TREINAMENTO PARA SERVIDORES, FALTA ATÉ VERGONHA... VAMOS OAB SE MANIFESTE AGORA, HÁ ALGUNS MESES VOCÊS RECLAMAVAM DO MAL ATENDIMENTO EM JUAZEIRO, AGORA DEEM O PARECER... TEM MUITA GENTE INTERESSADA QUE O JUDICIÁRIO BAIANO NÃO FUNCIONE, MUITA GENTE MESMO. O GASTO COM ESTE PESSOAS CHEGA A QUATRO(4) MILHÕES MÊS, DURMAM COM ESSA.
12 de May / 2010 às 19h48
SIMPLESMENTE REPUGNANTE, TEM QUE DEVOLVER TODA ESTA DIERAMA. IMAGINA QUE TIPO DE FALCATRUAS NÃO SÃO FEITAS NA JUSTIÇA. CADEIA PARA ESTA CAMBADA DE ...
12 de May / 2010 às 22h50
Não sou contra que ninguem ganhe bem, mas existe distorções que não dá pra engolir, o judiciario no interior do estado funciona precariamente sem a estrutura que precisa pra atender bem à população, falta funcionarios e os que existem não percebe o salario que deveria receber, os juizes as vezes são obrigados a aceitar funcionarios, carros e estruturas cedidos pelas prefeituras tirando a autonomia do Juiz e da justiça. Os coitados dos servidores da justiça são obrigados a fazerem greves pra garantir um pouquinho a mais em seus salarios, enquanto isto está explicito na materia esta distorção. Onde está a OAB e procuradoria Geral da República que entraram com ações no Supremo Tribunal Federal pra evitar que a emenda constitucional aprovada no congresso entrasse em vigor, garantindo a recomposição das camaras de vereadores em todo País? E agora José! Será que já não passou da hora de tomar uma providencia pra corrigir estes super salarios? Com a palavra quem tem o poder pra resolver.
13 de May / 2010 às 08h49
Está ai a real motivação da greve! Não estamos brigando só pelo corte de nossos parcos salários, estamos brigando também pela moralização da justiça bahiana e pela distorções que só vimos na bahia, enquanto os "apadrinhados" fazem a festa, os que estudaram e ralaram passam apertos, pois é, não mandei não ser amiga de desembargador e estudar deu nisso.....(Essa é a maior piada do trinbunal, desvalorizar o servidor concursado em detrimento dos amigos)
30 de Mar / 2015 às 11h24
Deve ser por isso que o TJBA não vai nomear os aprovados no concurso.