Filme Deserto Particular é exibido em Juazeiro e público aplaude cineasta Aly Muritiba

Ressignificando. Elogiado pela crítica internacional o filme Deserto Particular "prova que o Cinema é máquina potente de histórias e vida, e, acima de tudo, de cultivar sonhos, fazer florir esperança, mesmo denunciando uma lenda triste de intolerância".

Deserto Particular. O filme Vencedor do Prêmio do Público BNL no Festival de Veneza foi exibido ontem especialmente em Juazeiro Bahia. O cineasta Aly Muritbiba esteve presente e ao lado da também cineasta Michelle Chevrand conversaram com o público presente.

Deserto Particular traz um tema muito importante: como o amor pode ser um agente de transformação. Cenas filmadas em Sobradinho, Juazeiro e Petrolina mereceram junto ao roteiro aplausos no final da exibição.

O filme é protagonizado por Antonio Saboia, que vive Daniel, um policial afastado do trabalho depois de cometer um erro. Ele mora em Curitiba, com um pai doente, de quem cuida com devoção. Taciturno, Daniel fala pouco, e sorri menos ainda. Seu único motivo de alegria é a misteriosa Sara, moça que mora em Sobradinho, Bahia, e com quem se corresponde por aplicativo de celular. O súbito desaparecimento de Sara, porém, faz com que ele resolva cruzar o país em busca de seu amor.

Em conversa Aly Muritiba explicou que a cidade de Sobradinho, como cenário, serve como uma metáfora para os personagens: "Sempre me interessei por aquela pequena cidade erguida ao redor de uma enorme represa. Sobradinho é uma cidade rodeada de energia elétrica, mas também levantada sob o signo do represamento, do controle do fluxo das águas. Essa energia decorrente desse represamento movem meus personagens, mas também essa vontade de sair se derramando por aí", ressaltando que filmar em Sobradinho "foi um desafio proporcional à magnitude da represa que há na cidade. Havia toda uma energia no set que com toda certeza contagiou o filme", acrescentou. 

Redação redeGN